Por O setor automobilístico recém se recupera da crise causada pela Covid-19, ainda busca soluções para a crise dos semicondutores e já está sendo ameaçado por mais uma crise que pode acontecer em um futuro próximo: a falta de magnésio. Este é um mineral que é considerado fundamental para a produção de alumínio, que ainda é um dos metais mais abundantes na construção dos carros.
De acordo com as informações que foram divulgadas em uma matéria do Financial Times, a extração de magnésio que abastece o mundo inteiro está comprometida devido a uma crise energética na China. Atualmente os chineses são responsáveis pela produção de 85% do mineral consumido no mundo inteiro.
Boa parte da extração de magnésio está localizada na cidade de Yulin. Mas, devido a crise energética enfrentada pelo país, o governo local ordenou o fechamento de 35 de suas 50 fábricas de fundição de magnésio. Já as fábricas que permanecerem em operações tiveram que cortar sua produção pela metade para atingir as metas de consumo de energia. Isso como parte de um esforço para que não faltasse energia para a população como um todo.
O magnésio é utilizado especialmente na produção das ligas de alumínio, que estão presentes em diversas partes do carro, como rodas de liga-leve, freios, eixos, painéis de carroceria, tanques de combustível, componentes de suspensão, blocos de motores, travessas e até mesmo estruturas do monobloco.
“Não há substitutos para o magnésio na produção de chapas e tarugos de alumínio”, disse o analista da Barclays, Amos Fletcher, em um relatório. “Trinta e cinco por cento da demanda de magnésio é de chapas automotivas - então, se o fornecimento de magnésio parar, toda a indústria automotiva será potencialmente forçada a parar”.
A Europa já está sofrendo com a redução de produção do mineral. A previsão é que as reservas do velho continente se esgotem até o final de novembro.