Um estudo realizado pela Bosch, com dados divulgados e comentados pelo próprio CEO da companhia, Robert Bosch, afirma que a produção de veículos, em escala global, pode ter atingido o seu pico máximo e, de agora em diante, tende a retrair. Com isso, as vendas de carros também tendem a diminuir.

Produção global de carros atinge pico e tende a diminuir

De acordo com os dados citados no estudo, as vendas globais de automóveis acabaram caindo mais de 4% quando comparado com os dados de dois anos atrás. Em 2018, as entregas de automóveis novos ficaram em 94,4 milhões de unidades. Previsões iniciais indicam que o mercado mundial deverá cair pelo terceiro ano consecutivo em 2020, com uma redução de aproximadamente 2,6% para um total de 89 milhões de unidades.

Com estes dados em mãos e com uma série de projeções realizadas, os analistas acreditam que um novo crescimento de veículos não deve acontecer antes do ano de 2025. Isso deve acontecer com o impulsionamento de uma nova geração de carros elétricos mais acessíveis. Mas o ano de 2020 deve fechar o ano com uma redução na produção de cerca de 10 milhões de unidades.

O estudo acabou sendo utilizado para justificar uma série de medidas que estão sendo tomadas na própria Bosch. O CEO da empresa afirmou que terá que cortar uma série de empregos devido a uma redução de 44% no lucro operacional. Mas a companhia acreditas que a eletrificação dos carros possa criar oportunidades, mas que devem chegar a longo prazo.

Produção global de carros atinge pico e tende a diminuir

Mesmo com estas tendências globais, o setor automotivo brasileiro ainda aposta em crescimento e recuperação para o ano de 2020. Pelo menos quando comparado com os anos anteriores, que foi muito ruim para a economia.

A Anfavea (associação que reúne as principais montadoras) espera que o PIB do Brasil cresça 2,5% e favoreça o setor automotivo como um todo: retomada do emprego, inflação controlada, juros no menor patamar histórico, risco Brasil em baixa e retomada da confiança dos setores de comércio, serviços e construção tendem a impulsionar novos negócios.