Foi divulgado, nos Estados Unidos, um relatório que aponta os motivos que levaram ao acidente fatal envolvendo um dos veículos autônomos da Uber no país. O carro acabou atropelando um ciclista, que não conseguiu sobreviver aos ferimentos. A investigação aponta que os freios teriam sido desativados.
As investigações não se limitaram apenas as causas especificas do acidente, mas foram mais a fundo para entender como está se dando o desenvolvimento da tecnologia autônoma dentro da empresa. Foram obtidos e-mails nos quais os representantes da empresa pedem aos engenheiros para “reduzir as experiencias ruins” durante os passeios, incluindo as freadas mais bruscas.
Depois disso, outros e-mails sugerem que os responsáveis pelo projeto teriam optado por desligar os recursos do carro que eram responsáveis pela tomada de decisões em casos de emergência, incluindo frear.
A justificativa era aumentar a segurança, uma vez que uma freada brusca fora de hora poderia causar acidentes a outros carros na rodovia. Além disso, ao desativar essas medidas, também seria possível melhorar os números da experiência. Desse modo, ficaria a cargo dos motoristas de segurança intervirem quando necessário.
E tudo indica que os recursos que poderiam permitir que o carro acionasse os freios e evitasse o acidente fatal estavam desativados ainda quando Elaine Herzberg cruzou com o carro da Uber e acabou perdendo a vida. O sistema teria reconhecido a necessidade de frear, mas os freios de emergência não estavam habilitados no sistema. Além disso, o sistema também não teria sido configurado para alertar o motorista de segurança sobre uma colisão eminente.
Dentro da Uber, o que se fala é que o principal motivo do acidente fatal teria sido a falta de comunicação entre as s equipes de direção autônoma: um dos engenheiros apontou que uma equipe não sabe o que a outra está fazendo, de modo que não há informações claras entre elas sobre quais recursos estão ativados ou quais carros tiveram problemas na direção.