A Renault anunciou esta semana o lançamento de projetos que poderão cortar custos relacionados a produção de veículos futuros. O objetivo é lançar uma nova linha arquitetônica que poderá cortar cerca de 30% a 40% em relação ao que se gasta no desenvolvimento dos veículos, sendo que estes custos acabam sendo repassados para os clientes. O projeto que foi apresentado pela montadora francesa foi desenvolvido em parceria com a japonesa Nissan.

Renault anuncia arquitetura mais econômica para alguns modelos

De acordo com as informações técnicas que foram divulgadas em relação a estes projetos, a ideia é cortar até 30% dos custos de produção para os modelos que são feitos baseados na tecnologia CMF. Esta nova linha arquitetônica já poderá ser colocado em prática na linha de produção ainda este ano. As informações foram confirmadas pelo diretor de engenharia e qualidade da empresa, Jean-Michel Billig.

Competindo mercado

Alguns dirigentes da montadora declaram que esta é uma tentativa de fazer com que montadoras do porte da Renault e da Nissan, que fazem parte de um grupo compartilhado e que são consideradas de médio porte, para competir com as montadoras de grande porte como a Volkswagen, por exemplo. Para continuar ganhando em competitividade, as montadoras precisam aderir ao sistema de plataformas modulares para continuarem sendo competitivas.

Como funciona

A montadora explica que o desenho modular industrial permite que as montadoras consigam lançar os carros de diferentes tamanhos e configurações utilizando as plataformas compartilhadas com diversos modelos, desta forma realmente fica muito mais barato na hora da produção. Consequentemente, com a redução dos custos de desenvolvimento, as montadoras conseguem também derrubar os preços dos componentes e também oferecer maior quantidade de unidades encomendadas.

A montadora já havia anunciado no início do ano a intenção de aumentar a quantidade de plantas operando no sistema CMF, que significa algo como Módulo Familiar Comum, traduzido para o português, e esta seria uma espécie de resposta ao sistema que foi desenvolvido pela Volkswagen para a fabricação do Golf e do Audi A3.

Os primeiros modelos da Nissan que devem ser fabricados com este novo sistema poderão ser os substitutos dos Qashqai, X-Trail e Rogue