A Renault anunciou nesta semana uma série de medidas que vão fazer parte de um plano de contenção de despesas global. De acordo com a montadora, a previsão é de que sejam cortados 15 mil postos de trabalho ao redor do mundo e o corte previsto deve chegar a 2 bilhões de euros.

Caso os números de cortes de postos de trabalho realmente cheguem a este número, vai representar 8% do total dos funcionários da companhia ao redor do mundo. O país mais afetado deve ser a França, que deve ter 4,6 mil cortes de postos de trabalho. A montadora ressalta que as demissões não devem acontecer de forma direta, e si através de aposentadorias e planos de reciclagem profissional e demissões voluntárias.

Além dos cortes dos postos de trabalho, a montadora anunciou uma série de outras medidas, incluindo:

  • Redução da diversidade de componentes e aumento da padronização entre os veículos;
  • Digitalização nos setores de novos projetos de engenharia, validação e marketing;
  • Fechamento de uma das 14 fábricas na França;
  • Suspensão dos projetos de aumento de capacidade previstos no Marrocos e na Romênia;
  • Encerramento das atividades de veículos de passeio com motor a combustão da marca Renault no mercado chinês;
  • A fábrica de Flins (na França), com 2.600 trabalhadores, deve parar de produzir carros e se concentrar na reciclagem de peças;
  • Redimensionamento da capacidade industrial de 4 milhões de veículos em 2019 para 3,3 milhões até 2024;
  • Racionalização da fabricação de caixas de câmbio no mundo;
  • Concentração do desenvolvimento de tecnologias estratégicas com alto valor agregado em Paris;
  • Criação de um polo para veículos elétricos e comerciais leves na França.

“Em um contexto repleto de incertezas e complexidade, este plano é vital para garantir uma performance sólida e sustentável, tendo como prioridade a satisfação dos nossos clientes”, disse a presidente executiva interina da Renault, Clotilde Delbos