Carros compartilhados ficam estacionados em pontos estratégicos da cidade.O serviço de compartilhamento de automóveis está ganhando cada vez mais força no Brasil. A ideia é muito difundida em diversos países da Europa, mas aqui no Brasil estava, até agora, concentrada na cidade de São Paulo. Agora, parece que os brasileiros estão se acostumando com a ideia e a empresa que presta este serviço está pensando em expandir seus negócios para outros estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.

O serviço fica no meio termo entre a carona e o aluguel diário de automóveis. Os dois primeiros conceitos são conhecidos pelos brasileiros, mas o comportamento do consumidor nacional prefere adquirir um carro do que depender da carona alheia. Mas tudo indica que este comportamento também está mudando aos poucos. O crescimento no número de pessoas que aderiram a ideia de se ter um carro compartilhado é evidente, e agora a companhia que presta o serviço está preparada para expandir o seu negócio.

Como funciona

Modelos de carrosO conceito de carro compartilhado pode ser um pouco confuso para a maioria das pessoas que não estão diretamente ligadas ao serviço, mas ele funciona mais ou menos da seguinte forma: O sistema permite que as pessoas se cadastrem e reservem um carro que esteja disponível na garagem credenciada mais próxima da sua casa. No mesmo momento da reserva, a pessoa também já precisa informar o horário que vai devolver o veículo ou o tempo que vai permanecer com o mesmo.

Chegando no local indicado, os clientes utilizam um sistema para smartphone ou ligam para uma central onde conseguem desbloquear o veículo que já está reservado no seu nome. No mesmo pacote já está incluso o combustível para a pessoa rodar a distância necessária.

O serviço funciona de forma muito parecida com o aluguel de bicicletas, que também está se tornando muito comum em algumas capitais do Brasil, como Rio de Janeiro e Porto Alegre. A diferença é que o cliente conta com uma quantidade de veículos que ficam rodando entre os clientes. Assim que a pessoa devolve o carro, outra pessoa já poderá reservar o mesmo veículo. O serviço acaba se tornando mais prático em alguns casos do que o aluguel de diárias do veículo, já que neste caso a pessoa precisa ter um local onde deixar o carro durante a noite, ou ainda terá que pagar uma diária cheia mesmo se rodar por algumas horas.

Crescimento de clientes

Carro compartilhadoAté o momento, a única empresa que opera este serviço é a Zazcar, que atualmente conta com uma base de 2300 clientes em São Paulo. Mas a projeção que é feita pela empresa garante que ainda este ano os clientes poderão chegar aos 13.800, e nos próximos cinco anos este número poderá saltar para os 210 mil.

De acordo com as informações que foram divulgadas pela empresa em relação ao perfil do usuário do serviço, a média de idade das pessoas que aderiram ao sistema de carro compartilhado é de 35 anos e utilizam carro menos de 15 mil quilômetros por ano. A maioria das pessoas já tiveram um carro e decidiram vender por causa dos custos fixos, e também utilizam o transporte público.

Preços

Os preços fazem parte do pacote de atrativos do serviço para os clientes, além de não precisarem contar com pagamento de seguro e também não se preocupar com o local onde o carro precisa ser guardado, já que este também é um grande problema das grandes cidades, principalmente para as pessoas que moram nas regiões centrais onde os prédios não contam com garagens.

Serviço de carro compartilhado é mais barato do que andar de táxi. De acordo com as informações da empresa, os preços acabam variando de R$ 6 mais o quilômetro rodado até o valor fixo de R$ 100, dependendo do perfil de uso do consumidor. Quando o consumidor utiliza o veículo de forma mais frequente ele consegue ter acesso a duas formas diferentes de realizar o pagamento: a partir de R$ 7,90 a hora mais os quilômetros rodados — R$ 0,65 cada, até 100 km e R$ 0,55, de 101 km em diante. Ou é cobrada diária, a partir de R$ 64,90 mais os quilômetros rodados, ou ainda uma mensalidade de R$ 50.

A empresa também garante que o serviço acaba saindo mais barato do que andar de táxi pelas ruas de São Paulo. Como exemplo, atualmente para se andar uma hora de táxi o passageiro vai pagar algo em torno dos R$ 73, enquanto que no serviço de carro compartilhado o preço fica em torno dos R$ 27.