As novas placas do Mercosul estão no centro de mais uma polemica. A ONG chamada Observatório Nacional de Segurança Viária declarou que enviou um pedido para adiamento da adoção do novo modelo de placas padrão Mercosul por cerca de 90 dias.  E um dos principais motivos seria a adoção de símbolos dos estados e dos municípios, que estão contemplados.

Símbolos de estado e município em novas placas são questionados por ONG

De acordo com os dados que foram apontados pela ONG, as placas brasileiras ficariam em desacordo com o padrão usado em outros países, como Argentina e Uruguai. A diferença está nos brasões do Estado e do município de origem do veículo. Nos países vizinhos, não há tais indicações nas placas.

A entidade afirma que a inclusão destes símbolos acaba sendo completamente desnecessária, inclusive levando em consideração todos os custos a mais que acabam pesando na confecção das novas placas dos veículos.

A ONG afirma que estes símbolos acabam não tendo utilidade prática nenhuma na placa, pois não ajudam na fiscalização. Isso acontece devido ao fato de que o controle do pagamento de impostos ser feito pelo documento do veículo, e não pela placa do mesmo.

Símbolos de estado e município em novas placas são questionados por ONG

O governo acaba utilizando justamente os argumentos de controle policial e de arrecadação de impostos como os principais motivos para incluir os símbolos nas placas.

Em dezembro do ano passado, a Assessoria de Relações Internacionais no Ministério das Cidades enviou um documento ao Departamento Nacional de Trânsito, o Denatran, informando que “os delegados dos países optaram por não introduzir na placa Mercocul elementos que indicassem a origem regional dos veículos”, e que “portanto, a eventual introdução de indicadores regionais e locais (...) contraria as decisões indicadas na resolução”. No entanto, a resposta do Ministro das Cidades foi que o governo decidiu incluir os símbolos para garantir a cobrança de impostos e facilitar o trabalho da polícia.