Tempos atrás a notícia de um projeto inovador envolvendo uma ideia de transporte coletivo que seria colocada em prática na China correu rapidamente pelas redes sociais. Trata-se de um ônibus que carregaria as pessoas na parte de cima, e a parte de baixo teria espaço que permitiria com que ele passasse por cima dos outros veículos que trafegam pelas ruas e avenidas.
Pois essa semana o mesmo projeto também deu origem a notícias que foram repercutidas ao redor do planeta. A polícia de Pequim confirmou a prisão de 32 pessoas, todas elas acusadas de terem arrecadado ilegalmente fundos para o projeto do chamado Ônibus de Trânsito Elevado (TEB, na sigla em inglês).
A ideia de um transporte que tivesse a capacidade de ser instalado em avenidas e estradas para que eles possam levar as pessoas por cima foi apresentada pela primeira vez durante a Exposição Internacional de Alta Tecnologia de Pequim em maio de 2016. Nessa ocasião a empresa responsável colocou um protótipo para que as pessoas conseguissem realmente ver a o meio de transporte em funcionamento.
Mas o que as autoridades locais não revelaram nos meses seguintes é que cresceu a suspeita de que tudo não passaria de um grande esquema criminoso para conseguir levantar uma determinada quantidade de dinheiro de investidores. O projeto acabou sendo cancelado oficialmente no mês de julho, e a imprensa chinesa noticiou a demolição da estação de testes do TEB em Qinhuangdao.
A partir destes novos fatos, a polícia local resolveu agir e efetuou diversas prisões, acusando aqueles que poderiam estar tentando levantar dinheiro para um projeto que jamais efetivamente sairia do papel. Dentre os presos estava Bai Zhiming, diretor-executivo da TEB Technologies, empresa que estava à frente da iniciativa, e fundador da companhia de financiamento Huaying Kailai Asset Management.
A investigação afirma que a empresa prometia lucros de 12% sobre o capital para os investidores. Mas tudo não passaria de uma grande isca para que as pessoas comprassem os produtos financeiros de Bai Zhiming. Agora, as autoridades locais começam um novo processo para tentar recuperar o dinheiro, ou pelo menos parte do montante, investido.