Por Neste início da semana a Chevrolet confirmou que vai vender na Argentina o SUV que é conhecido como Trax, mas que no país Hermano se chamará Tracker. O nome pode ser considerado uma grande homenagem a outro veículo do mesmo segmento que era vendido pela marca na Argentina e que fez um relativo sucesso na década passada. Apesar da confirmação da venda e do lançamento do carro na Argentina, ainda não se sabe aonde ele será fabricado. Atualmente ele está sendo produzido tanto na Coreia do Sul quanto no México.
Juntamente com a confirmação da venda do carro na Argentina, a GM também já confirmou que existe sim o interesse da marca de lançar o carro no Brasil. Mas atualmente está estudando uma viabilidade comercial para fazer este lançamento. Isso porque, atualmente, não existe planta por aqui que tenha a base do carro para que ele seja feito nacionalmente, ao mesmo tempo que também está encontrando dificuldades em importar o veículo em virtude das taxas que estão sendo impostas pelo Governo Federal.
Demanda nacional
Na última edição do Salão de Detroit, os executivos da Chevrolet aqui na América do Sul já tinham adiantado que a montadora estaria chegando próximo ao seu limite de produção no Brasil, o que tornaria qualquer nova iniciativa de nacionalizar outro modelo inviável.
Na época das entrevista, os diretores já haviam confirmado que a demanda de produção nacional de veículos que tinham sido recém lançados aqui no Brasil, como foi o caso do Onix ou do Cobalt, já não estavam conseguindo atender a demanda do mercado por aqui, e neste caso já estava analisando a possibilidade de aumentar as plantas, principalmente a localizada em Gravataí, no Rio Grande do Sul.
Um outro problema que está sendo enfrentado pela Chevrolet é a importação dos veículos. Grande parte dos carros da Chevrolet no Brasil acabam sendo produzidos em suas plantas no México, como acontece com o Trax. Mas, mesmo com o acordo renovado, o governo brasileiro ainda está de olho nas importações, já que estaria comprando muito mais do México do que vendendo, tornando o acordo muito melhor para eles do que para nós.
Esta limitação e um maior controle na cota de importação e exportação entre os dois países sem os altos impostos acabam prejudicando algumas montadoras, mesmo aquelas que investem pesado também na construção de fábricas aqui no Brasil.
Atualmente a montadora está trazendo do México para o Brasil dois modelos, o Captiva e o Sonic. A solução para conseguir trazer o Trax para cá seria espremer mais um carro dentro das cotas. Portanto, ao abrir mão de determinadas marcas por uma nova, a empresa precisa realmente ter certeza que o veículo será vendido por aqui, o que demanda um estudo ainda mais detalhado sobre viabilidade econômica.
A vinda do SUV da Coreia está praticamente descartada, principalmente por causa dos altos custos de operação e por causa também dos impostos. Ainda mais que existem soluções no mercado que poderiam bater de frente com o lançamento da Chevrolet, por um preço mais baixo.
Poucas informações
No comunicado que a montadora enviou no início desta semana, não foram divulgados maiores detalhes sobre o carro que será lançado no mercado argentino. Apenas a informações relacionada ao nome do carro e também a data de lançamento. Mas de acordo com as informações que circulam no mercado de trabalho, o motor que deverá ser lançado juntamente com o veículo na Argentina deverá ser o mesmo do Cruze, 1.8 Ecotec de 140 cv de potência com gasolina ou 144 cv com etanol.
O veículo deverá chegar ao mercado com as duas opções de transmissão, uma manual e outra automática, sendo que ambas possuem seis velocidades.