A Takata, empresa que acabou ficando conhecida mundialmente através do caso dos “airbags mortais”, foi comprada por uma companhia de chinesa e está passando por um processo que inclui a troca de nome. A companhia responsável pela compra foi a Key Safety Systems. De acordo com as informações que foram divulgadas pela empresa, o negócio girou em torno de R$ 5,45 bilhões.

Takata conclui processo de venda para empresa chinesa

A companhia que adquiriu a Takata é um braço do grupo chinês Ningbo Joyson Electronic Corporation. A venda já havia sido noticiada em junho do ano passado, mas somente foi concluída neste mês de abril. Agora, a companhia vai passar a ser chamada de Joyson Safety Systems. De acordo com a agência de notícias Reuters, após o anúncio da transação, Shigehisa Takada, presidente da Takata e neto do fundador, renunciou ao cargo.

A Takata acabou se tornando a principal responsável pelo caso que causou o maior recall da história do automobilismo mundial, e que também está diretamente relacionado a morte de 22 pessoas e mais de 180 casos de ferimentos. De acordo com um levantamento feito na época em que o caso veio à tona, cerca de 30 milhões de carros tinham um airbag da Takata.

Takata conclui processo de venda para empresa chinesa

A companhia acabou pagando o preço, passando por três anos seguidos de prejuízos, entre os anos de 2014 e 2016. No ano de 2017 a companhia entendeu que não conseguiria seguir, especialmente com a grande quantidade de indenizações que estava pagando, e entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos e também no Japão.

De acordo com o comunicado que foi divulgado pelas empresas responsáveis pela compra, a Takata ainda ficará responsável pela área relacionadas a seus inflatores defeituosos, e deixa a empresa japonesa, reestruturada como parte do processo de falência dos EUA e do Japão, responsável por essas operações.