Por A Tesla comemorou, na última semana, a divulgação de um relatório da agência de segurança automotiva do governo norte-americano, a NHTSA, que demonstraria a segurança que o Model 3 oferece para os seus motoristas e também para os seus passageiros. A empresa chegou a afirmar que o carro ofereceria o menor risco de lesões aos ocupantes, em caso de acidente, dentre todos que foram testados nos EUA.
Rapidamente a notícia se espalhou pelas redes sociais, mas acabou sendo contestada e corrigida pelo próprio órgão de segurança federal. Na verdade, o documento afirma que o Model 3 é o carro em que os ocupantes têm a menor probabilidade de se machucar em todo o mundo. Lembrando que os testes de colisão incluem três avaliações de resistência e de capotamento para gerar a classificação geral.
De fato, o Model 3 conseguiu alcançar cinco estrelas em todas as provas de avaliação de segurança. Mas outros modelos também conseguiram o mesmo feito, como o Volvo S60, o Toyota Camry, o Honda Accord, o Honda Civic, o Volkswagen Jetta e o Ford Mustang.
Mas o órgão afirma que não existe uma forma de distinguir o desempenho de segurança dos carros além do esquema de classificação de cinco estrelas. Portanto, para o órgão, todos os carros que conseguiram chegar na pontuação máxima são considerados seguros de forma igualitária.
A interpretação de que o Model 3 seria o carro mais seguro do mundo acabou sendo feita a partir da publicação de uma série de sites e blogs, que compraram a ideia vendida pela Tesla, que afirmou que "os testes da NHTSA também mostram que o Model 3 tem a menor probabilidade de lesão de todos os carros que a agência de segurança já testou".
O caso pode acabar provocando uma mudança na forma de avaliar a segurança oferecida pelos carros. De acordo com a NHTSA, o sistema de classificação precisa "ser modernizado para incentivar a adoção voluntária de recursos de segurança". A agência está considerando criar classificações de segurança para áreas de desempenho de veículos que não são atualmente classificadas.