Elon Musk, presidente-executivo da Tesla, confirmou que a empresa finalmente conseguiu finalizar o acordo que estava sendo feito com as autoridades da China para a construção daquela que vai se tornar a primeira fábrica da montadora fora do país. De acordo com as informações que foram divulgadas pela empresa, a planta estará localizada em Xangai.
Com a abertura desta nova unidade fora dos Estados Unidos, a empresa espera conseguir dobrar a sua produção global.
A notícia foi confirmada pela empresa na mesma semana que a Tesla confirmou que estaria aumentando os preços dos seus carros vendidos na China. O motivo foi o aumento das tarifas, impostas pelo governo chinês, para carros que são produzidos nos Estados Unidos e que entram no país. O aumento nos impostos foi uma retaliação ao aumento das tarifas imposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump, sobre os produtos chineses.
Com este anúncio, a Tesla também espera aumentar sua competitividade dentro da China, uma vez que seus carros realmente sofreriam nas vendas esta série de aumento de impostos. Com os carros sendo fabricados por lá, a venda doméstica deve ser facilitada. A Tesla se comprometeu não apenas em investir na construção da fábrica, mas também em Pesquisa e Desenvolvimento.
Se os projetos conseguirem seguir o cronograma original, a ideia da Tesla é que os primeiros carros elétricos comecem a ser produzidos na China em dois anos. Quando a unidade de Xangai estiver em plena operação, a montadora espera chegar aos 500 mil veículos por ano, o que deve acontecer até 2023.
O governo de Xangai sugeriu que poderia ajudar com alguns dos custos de capital. "O governo municipal de Xangai vai apoiar totalmente a construção da fábrica da Tesla", disse em comunicado.
Ao anunciar a decisão, as ações da empresa foram levemente valorizadas, mas ainda sofrem com a desconfiança do mercado em relação as entregas efetivas feitas pela companhia, que sofre para conseguir atingir suas metas. A Tesla fez questão de salientar que os investimentos que serão feitos na China não devem afetar a produção nos Estados Unidos.