O mundo do futebol não está diretamente relacionado ao mundo da indústria automotiva, pelo menos na maioria dos casos. Mas um episódio recente acabou misturando estes dois universos, e transformou o que era para ser apenas mais uma transação no bilionário mercado dos craques da bola em uma polêmica.

Trabalhadores da Fiat Chrysler anunciam greve em protesto a contratação de Cristiano Ronaldo

Funcionários da Fiat Chrysler (FCA), através de um dos seus sindicatos, convocaram uma greve na fábrica de Melfi. O objetivo deste protesto é manifestar o seu desgosto contra a ida do craque português para o clube de Turim.

O protesto está sendo feito na FCA por um motivo: a família Agnelli é uma das fundadoras da empresa e atualmente conta com 30% da FCA, também é dona do clube Juventus, sendo detentora de 64% das suas ações.

Vale lembrar que, apesar de Juventus e FCA serem empresas totalmente separadas, os trabalhadores da montadora não estão vendo desta forma. Eles estão exigindo que os 100 milhões de euros que serão pagos ao Real Madrid pela compra do jogador sejam utilizados de outras formas, para trazer mais benefícios para a sociedade.

"Os proprietários deveriam investir em carros novos que garantam o futuro de milhares de pessoas, em vez de enriquecer apenas uma", afirmou o sindicato USB em nota.

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Um dos principais motivos deste posicionamento do sindicato dos trabalhadores da FCA é, de acordo com eles, a falta de investimentos que a empresa tem feito nos últimos anos. Milhares de profissionais estão sendo afastados, nos últimos anos, em virtude da falta de novos modelos de carros destinados às fábricas italianas.

"É inaceitável que, enquanto os donos pedem sacríficios financeiros enormes aos trabalhadores da FCA, eles mesmos gastem milhões de euros para comprar um jogador", disse o sindicato.