Nessa semana, novas informações que estão relacionadas ao processo que está sendo movido pela Alphabet, empresa criada para ser a dona do Google e também de outras iniciativas da companhia, contra o Uber. A empresa responsável pelo maior serviço de transporte particular do mundo, nega que roubou a tecnologia dos veículos autônomos do Google.

Uber afirma que não roubou sistema de carro autônomo do Google
Uber afirma que não roubou sistema de carro autônomo do Google / Créditos: Reprodução

O processo acabou se tornando público no mês de fevereiro. O principal alvo da disputa que acabou indo parar na justiça seria um sistema de sensores 3-D que a Alphabet acusa o Uber de ter roubado para inserir nos seus projetos de carros autônomos, que estão sendo testados. A dona do Google afirma que os desenhos dos sensores 3D tinham alguns elementos secretos.

O processo que foi movido pela Alphabet cita diretamente o seu ex-funcionário, Anthony Lewandovski. Nos papeis que foram enviados para a justiça, o funcionário acaba sendo citado como responsável por baixar 14 mil arquivos confidenciais da empresa, e que isso teria acontecido antes dele pedir demissão.

Depois de pedir as contas na dona do Google, o funcionário que foi citado no processo acabou abrindo a sua própria empresa, chamada Otto, e que acabou se especializando no desenvolvimento de sistemas autônomos direcionados aos caminhões. Posteriormente, a empresa acabou sendo comprada pelo Uber.

Criação anterior do sistema

Uber afirma que não roubou sistema de carro autônomo do Google
Uber afirma que não roubou sistema de carro autônomo do Google / Créditos: Reprodução

Nos autos do processo, o Uber começou a se defender, afirmando que havia começado a desenvolver o sistema de condução autônoma antes de comprar a empresa de Lewandovski e contratar o funcionário como um dos colaboradores diretos da empresa de transporte. Uma das provas citadas pelo Uber seria o fato de que os sensores da empresa contam com 4 lentes, enquanto que a desenvolvida pela turma do Google conta com uma lente só.

O Uber também questiona na justiça os motivos que teriam levado a Waymo, companhia que faz parte do grupo da Alphabet e que ficou responsável pelo desenvolvimento dos sistemas autônomos, a aguardar cinco meses antes de entrar na justiça sobre o assunto, uma vez que as provas apresentadas mostram que os vazamentos das informações acabaram sendo de conhecimento do Google a partir de outubro de 2016.