Por Os brasileiros estão comprando mais carros com propulsores elétricos, pelo menos é que aponta os dados revelados pela Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE). Os emplacamentos de veículos de passeio, tanto elétricos quanto híbridos, aumentaram 65% no período entre janeiro e maio.
Os dados absolutos revelam que, durante os primeiros 5 meses do ano, foram emplacados 1.562 carros que contam somente com motor elétrico ou que contam com os motores chamados híbridos.
É claro que, comparando dentro do grande universo de veículos comercializados, a quantidade de carros deste tipo que são comercializados ainda é pouca, representando apenas 0,16% do total. Para fazer uma comparação, na Noruega, país que atualmente lidera a troca de frota de combustão por carros “verdes”, este percentual chega a 39%.
Mesmo ainda com os números tímidos quando se leva em consideração o cenário como um todo, este pequeno avanço é visto com otimismo pelo presidente da ABVE, Ricardo Guggisberg. "O mercado de veículos elétricos no Brasil está pronto para decolar. Se o governo der os incentivos corretos, o comprador e a indústria responderão de imediato”, afirmou em nota.
Incentivos
Sempre que se fala nas vendas de carros que tenham características verdes a questão dos impostos acaba sendo levantada. Existe unanimidade na indústria em relação a um dos principais empecilhos para o avanço deste tipo de carro em nosso país, que é a questão dos impostos.
O governo ainda promete uma série de incentivos para a categoria, mas eles ainda não foram anunciados, de fato. A expectativa é de que a alíquota de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) passe dos atuais 25 pontos percentuais para 7 - a mesma faixa de tributação dos veículos considerados populares, com motor de até 1 litro.
Essa mudança deve passar a vigorar apenas quando for fechado o novo regime automotivo, que vai se chamar Rota 2030.