O caso de alteração nos níveis de emissão de poluentes, que acabou se transformando em uma das maiores crises da história da Volkswagen, ainda está causando uma série de dores de cabeça para os seus dirigentes. As ultimas noticias dão conta de que a montadora pretende contestar na justiça uma decisão favorável ao cliente que pediu que a montadora desse a garantia de recompra de um modelo afetado.

De acordo com as informações que foram divulgadas pela imprensa que cobre o setor, a justiça teria dado ganho de causa para um comprador que exigiu que a montadora recomprasse o seu carro que era um dos modelos diretamente atingido pela fraude das emissões de poluentes. A justiça afirmou que o cliente teria que receber o reembolso total da compra feita, no valor de € 26.499.

Nicolai Laude, profissional responsável pela comunicação da montadora, afirmou que este é um caso que a montadora pode reverter com facilidade. O tribunal responsável pela sentença foi o tribunal de Hildesheim, no Norte da Alemanha. O representante da companhia também afirmou que a empresa já conseguiu reverter outros casos semelhantes.

O veículo que está no centro da disputa é um Skoda Yeti 2.0 TDI adquirido em 2013. Um dos principais temores da montadora não este caso especifico, e sim o precedente que pode abrir para  que outros clientes também entrem com pedidos semelhantes, uma vez que a recompra dos carros seria muito mais cara do que realizar os reparos.

Defesa

Volkswagen quer recorrer para não recomprar carros afetados por fraude

Um dos principais pontos que deve se apoiar a defesa da Volkswagen é o fato de que mesmo aqueles modelos de veículos que estão equipados com o software que faz a alteração nos níveis de poluentes emitidos ainda se encontram dentro das normas europeias, mesmo que esteja contrariando as regras do mercado automotivo dos Estados Unidos.

Mesmo comparando este caso com outras situações, o fato é que existem diversas dificuldades que a montadora terá que enfrentar nesta situação. Na decisão emitida pelo juiz, o entendimento foi que a empresa agiu de forma indecente. A decisão também trouxe algumas comparações com outros casos de outros mercados, como as fabricantes de vinhos que colocam anticongelante nas garrafas ou ainda as empresas do segmento de alimentos que colocam carnes de cavalo nas lasanhas congeladas.