A Volkswagen confirmou esta semana que pretende aumentar a presença em seus veículos dos motores Ciclo B. A ideia da montadora é permitir com que estes propulsores levem um maior índice de economia para alguns modelos que fazem parte do seu portfólio. Todos eles se utilizam de gasolina, e a ideia é reduzir o consumo e também a emissão de poluentes no meio ambiente.

Volkswagen vai aumentar utilização de motores Ciclo B

O motor 2.0 EA888 com "Ciclo B" de combustão já pode ser encontrado do novo Audi A4, mas a empresa já confirmou que ele deverá estar presente também em outro carro, o SUV Tiguan. A montadora afirma também que o propulsor poderá ser encontrado em versões do Passat e também do Beetle.

Apesar da empresa ter confirmado a informação de que os motores de Ciclo B realmente poderão ser encontrados em linhas futuras do Passar e do Beetle, a Volkswagen ainda não confirmou quando isso efetivamente vai acontecer.

O chamado Ciclo B é assim chamado em homenagem ao seu criador, o engenheiro Ralf Budack, e funciona basicamente como uma versão otimizada do ciclo Miller. Desta forma, o motor 2.0 TSI poderá ser encontrado em duas versões diferentes. Uma delas será destinada aos modelos de alto desempenho, enquanto que o Ciclo B poderá oferecer uma opção mais econômica para o mercado de uma forma geral.

Como funciona o Ciclo B

Volkswagen vai aumentar utilização de motores Ciclo B

Uma das principais mudanças do Ciclo B quando comparado a outros ciclos utilizados no motor está diretamente relacionado ao funcionamento das válvulas de admissão do motor. Elas acabam sendo fechadas mais cedo do que no sistema Miller. Com isso, a queima de combustível acontece de uma forma mais eficiente, com mais rapidez no fluxo do ar.

Tudo isso acaba fazendo com que a mistura do ar com o combustível se torne mais eficiente e as perdas por bombeamento reduzam consideravelmente. Todo este sistema garante, de acordo com as informações confirmadas pela própria Volkswagen, uma economia de 8% o consumo de combustível.

Ao mesmo tempo que reduz a utilização da gasolina, esse mesmo sistema consegue entregar 20% mais de torque máximo. Apesar destas otimizações positivas, o Ciclo B acaba reduzindo a potência, mas a diferença é considerada pouca perto dos benefícios.