Por O grupo Caoa, brasileiros responsáveis pela produção e pela venda de carros da Hyundai no Brasil, confirmou que entrou na justiça com o objetivo de manter o seu atual contrato com a montadora sul-coreana. De acordo com as informações que foram divulgadas, a atual relação terminaria nesta segunda-feira, dia 30, com o encerramento do prazo do contrato vigente.
A Caoa, atualmente, é a empresa responsável pela produção e pela distribuição dos modelos da Hyundai no Brasil, sendo que o seu contrato é de exclusividade. A montagem acontece em uma unidade de produção instalada em Anápolis (GO). Além disso, a Caoa também é dona de algumas das concessionárias que vendem os carros, tais como a família HB20 e o SUV Creta.
O contrato que estava servindo como base para as execuções do trabalho foi firmado originalmente no dia 1º de maio de 2008, sendo que o prazo previsto, na época, era de 10 anos. O mesmo poderia ser renovado por mais de 10 anos, mas estavam previstas algumas metas para que o mesmo continuasse, como “compras mínimas” e “cotas de vendas”.
A Caoa afirma que recebeu, no último dia 12 de abril, uma "notificação de não renovação e solicitação de negociação de nova relação contratual". A companhia brasileira alega que cumpriu todas as metas que estavam no contrato, e por isso está entrando na justiça para que o contrato seja renovado nos mesmos moldes.
A primeira decisão provisória já saiu no último dia 27, tomada pelo juiz Eduardo Palma Pellegrinelli, da 2ª Vara Empresarial de Conflitos e Arbitragem de São Paulo. Foi concedida uma liminar, mantendo temporariamente o contrato de distribuição entre as partes. Agora, espera-se a formação de uma corte arbitral para intermediar a sutuação.
A Caoa, por meio de seu advogado, Sergio Bermudes, afirmou que "a Hyundai tomou a medida drástica para compelir a Caoa a estabelecer um novo contrato, com prazo de 2 anos, liberando a exclusividade de importar os carros da Hyundai para o Brasil."
Já a Hyundai, quando questionada sobre o assunto, disse que não teve acesso ao conteúdo da liminar e que não comenta processos em andamento.