Terminado o Salão do Automóvel de São Paulo é chagado o momento de fazer um balanço de tudo o que aconteceu, principalmente os grandes destaques. E neste campo, com certeza um dos carros que mais chamou atenção das pessoas que passaram pelo local foi o Survolt, da montadora Citroën. O carro foi feito para ser um esportivo elétrico, capaz de encarar nas pistas até máquinas das mais potentes, como o Porsche Cayman GTS. O Survolt que estava disponível par aos visitantes do Salão ainda era um conceito, mesmo assim a montadora promete que o modelo pode estar mais perto do que se imagina de se transformar realidade.

Citroën Survolt surpreende nas pistas

Design inovador

O design do carro que estava sendo mostrado no Salão do Automóvel realmente é muito interessante, apesar de todo o ar futurista, é muito fácil reconhecer alguns elementos que estão presentes em outros veículos da montadora, principalmente algumas linhas que podem ser percebidas na parte da frente do carro e também na parte mais traseira. Além disso, nos faróis e também nas lanternas é possível encontrar o efeito tridimensional que também está presente em outras marcas e modelos da Citroën.

A montadora aproveitou a presença do carro aqui no Brasil para também contar algumas histórias muito interessantes que estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento dos veículos. Este é um veículo conceito que foi feito basicamente para as corridas, para as pistas, por isso realmente era muito importante que o carro fosse o mais leve possível. A montadora contou que cada grama retirada do carro era uma verdadeira vitória. E por mais que o veículo seja um protótipo, aqui a intenção realmente era fazer um carro muito próximo ao que realmente as pessoas precisavam.

Citroen Survolt nas pistas

A Citroën optou por retirar algumas coisas que realmente poderiam ser dispensadas, por exemplo o banco traseiro, o porta-malas do carro o som e o revestimento apostando numa carroceria de alumínio, que acaba sendo o material mais leve disponível, e fibra de carbono, mas com toda uma estrutura de aço para conseguir manter o carro firme e forte nas pistas. "Isso permitiu desenvolvimento mais rápido e facilitou a instalação das baterias", diz Arnaud. Por isso, o Survolt é mais pesado que o Nissan Nismo RC (projeto semelhante da Nissan, porém mais recente). Os engenheiros também fizeram uma modificação no local onde as baterias do carro estão instaladas, que fica em uma posição mais centralizada e perto do solo, com o objetivo de baixar o centro da gravidade e otimizar a repartição de peso pelos dois eixos.
Motores elétricos

Mas tirando o design do carro que realmente era impactante, um outro elemento que chamava a atenção das pessoas sobre este carro era o fato dele ser elétrico. Existem dois motores movidos a energia elétrica que são localizados na parte de trás do carro, sendo que cada um deles é responsável por alimentar cada uma das rodas na parte de trás. Um sistema de gestão eletrônica encarrega-se de assegurar que não haja desequilíbrio de tração entre as duas rodas. Ainda é possível ser encontrado mais dois conjuntos de bateria, sendo um para cada motor, sendo que uma bateria pode ser na zona sul dos pés do condutor e o outro junto a um dos motores na parte traseira.

Estande Citroen Survolt Salão de SP

Os motoristas que foram contemplados para fazer o test drive do carro passaram por algum aperto, especialmente na hora de entrar dentro do cockpit, que é muito apertado. Na verdade, um dos motivos é que o desenho da parte interna para o motorista foi desenhado para acomodar Vanina Ickx (filha do mítico piloto belga Jacky Ickx), que teve a honra de estrear o Survolt na pista de Le Mans. Mas logo depois que o motorista consegue se acomodar dentro do carro, a sensação de dirigir relatada realmente é muito boa, o que não deixa por menos comparado aos carros mais potentes que não possuem bateria elétrica. Logo de cara as pessoas conseguem sentir aquela sensação como estivesse sendo arremessado para trás, o que acaba se mantendo até chegar aos 150 Km/h. Neste momento, quando a maioria dos carros de corrida esportivos pedem mais, o elétrico da Citroën perde todo o seu encanto.

Um outro desafio para as pessoas que conseguiram dirigir o carro é que dirigir ele realmente era um desafio para, já que este protótipo não trazia direção assistida, freios ABS ou controle de estabilidade.

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