A indústria de automóveis está cada vez mais comprometida com a segurança que os veículos produzidos e comercializados podem oferecer aos consumidores. Sob essa perspectiva, é cada vez mais comum que órgãos de fiscalização e controle autuem montadoras e exijam o que chamamos de recall, que é o anúncio público de que o produto oferecido traz riscos para os consumidores, assumindo a responsabilidade de recolher e reparar ou substituir o produto.
Sendo assim, a montadora de automóveis sul-coreana, a Hyundai, foi autuada pela Administração Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário, nos Estados Unidos e Porto Rico, sendo necessário adotar o procedimento para mais de 140 mil veículos que apresentaram problemas no air bag, um dos principais adicionais de segurança dos veículos modernos que evitam graves lesões e protegem tanto o condutor quanto os passageiros de maiores danos em batidas de alto impacto.
O recall atinge os veículos do modelo Tucson, um dos SUV de maior sucesso da empresa no exterior, causando um grande prejuízo para a montadora. Embora não tenha havido registros concretos de acidentes e ferimentos provenientes da falha identificada nos veículos, os registros e documentos apontados pela Administração Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário do país apontam falhas diretamente relacionadas aos parafusos que seguram o air bag do motorista junto à coluna de direção do veículo.
Acontece que, a identificação dessa falha aponta para altos riscos de perda do controle do automóvel pelo condutor, fazendo com que o mesmo perca a dirigibilidade, além de o adicional de segurança não funcionar corretamente. Para identificar o problema que se refere a não fixação correta dos parafusos na hora da montagem, a Hyundai contou com a ajuda das concessionárias, que chamaram a atenção da empresa sul-coreana ainda no fim de 2013, apontado que muitos parafusos tiveram que ser apertados na região durante as revisões previstas.
Para evitar posteriores complicações, a montadora convidou os proprietários dos veículos fabricados entre 2011 e 2014, sendo 137 mil nos Estados Unidos e 3,5 mil em Porto Rico, para revisão e correção dos problemas que pode causar ferimentos e maiores complicações durantes as batidas. Tais problemas podem ser tão graves que na última semana a Administração Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário dos EUA, aplicou uma multa altíssima- US$ 35 milhões- para a montadora norte-americana General Motors, que omitiu ocorrências de problemas relacionados a ignição em alguns de seus modelos menores, culminando em 13 mortes relacionadas.