A Mercedes-Benz terá que fazer um grande recall dos seus veículos na Europa. Mas, dessa vez, o problema que está levando ao chamado dos carros não está relacionado a um defeito que foi encontrado nos veículos, mas sim em virtude da instalação de dispositivos que alteram os dados referente a emissão de poluentes.

De acordo com as informações que foram repercutidas na imprensa internacional, cerca de 238 mil veículos automóveis da Daimler, fabricante da Mercedes-Benz, deverão passar por recall só na Alemanha. Mas a previsão é de que o total de carros chegue a mais de 774 mil veículos em todo o Velho Continente.

Presidente da Daimler, Dieter Zetsche, chega para encontro com ministro dos Transportes da Alemanha.

Os veículos deverão ser retirados de circulação, de acordo com o ministro dos Transportes da Alemanha, Andreas Scheuer. "O governo federal vai ordenar um recall oficial imediato devido a dispositivos ilegais", disse Scheuer em comunicado, após se reunir com o chefe da companhia, Dieter Zetsche, para tratar das irregularidades nas emissões dos veículos da empresa.

"A Daimler diz que os aplicativos no software de controle dos motores, em que o governo federal encontrou falhas, serão removidos o mais breve possível e em cooperação transparente com as autoridades", acrescentou o ministro.

Mercedes-Benz terá que fazer recall com mais de 774 mil carros na Europa

Os dispositivos foram encontrados nas versões movidas a diesel dos modelos GLC e classe C, bem como nas vans Vito, que já tinham tido um recall anunciado. No Brasil, apenas a van Vito é vendida com o motor a diesel.

Vale lembrar que este não é o primeiro caso de montadora que acaba sofrendo em virtude de dispositivos que tentam fraudar as leis europeias que limitam as quantidades de poluentes emitidos pelos veículos. Estes mesmos equipamentos estiveram no centro do escândalo da Volkswagen, que ficou conhecido como “Dieselgate”

No ano de 2015, a Volkswagen tece que admitir publicamente que tinha instalado dispositivos fraudulentos em 11 milhões de carros espalhados pelo mundo. De acordo com a imprensa internacional, o escândalo já custou um total de 25 bilhões para a Volkswagen.