A Jeep pode ser obrigada pela justiça brasileira a fazer um recall de diversos modelos do Jeep Compass vendido no mercado nacional e também pode ser condenada ao pagamento de uma multa por danos morais. Uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), com pedido de tutela de urgência aponta uma série de defeitos nos carros com motores diesel e flex fabricados a partir do ano de 2018.

Ministério Público pede recall do Jeep Compass

De acordo com as informações que podem ser encontradas no processo, a ação foi movida contra a FCA Fiat Chrysler Automóveis Brasil, a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) e a União. Os MPs também pedem que seja realizada perícia judicial, com presença de engenheiros assistentes, para verificar falhas de concepção de projeto e as causas para a lista de defeitos encontrada.

São diversos os problemas que foram levantados pela ação, desde desalinhamento das peças de acabamento e falhas nas centrais multimídia, até alguns problemas mais sérios, como pane elétrica total, perda de estabilidade em paradas bruscas e possível aumento nas emissões de NOx.

Ministério Público pede recall do Jeep Compass

O inquérito começou a circular a partir do ano de 2020 e tinha como principal objetivo apurar por quais motivos a fabricante não promoveu ações para reparar os Jeeps Compass que foram fabricados a partir do ano de 2018, mesmo tendo conhecimento da grande quantidade de falhas encontradas.

“A FCA sabendo dos grafes problemas verificados nos veículos fabricados por ela e colocados no mercado brasileiro, como problema no curto do pedal de freio, ruído do câmbio, falha na parte elétrica com paralisação total do veículo e a forma brusca de jogar a traseira para a lateral, além de aumento no consumo médio de combustível, a empresa foi dolosamente omissa ao não dar início neste País à realização de estudos técnicos para buscar a melhor solução para os vícios  apontados, a fim de ter motivos fortes para promoção de ações (recall) que visassem promover a segurança viária dos consumidores de seus produtos”, escreveram os promotores na ação.

Por enquanto, ainda não existe previsão de começo de recall para os veículos citados.