Por A empresa responsável pelo maior recall da história e que também acabou sendo responsabilizada por 16 mortes foi condenada pela justiça dos Estados Unidos e terá que pagar um total de US$ 1 bilhão em multas no país. A Takata era a fabricante dos airbags que foram classificados como “mortais” ao apresentar uma série de erros fatais.
A confirmação da condenação veio na última sexta-feira, dia 13 de janeiro, através do Departamento de Justiça americano. Além das multas, a companhia teve três dos seus executivos condenados por fraude, e terão que responder na esfera criminal.
A Takata era a empresa fornecedora de airbags para diversas montadoras diferentes, o que fez com que muitos modelos de carros tivessem acessórios desta companhia como parte do seu sistema de segurança. Os problemas da peça faziam com que as bolsas de ar explodissem, lançando diversos pedaços de metal contra aqueles que estavam ocupando o carro.
O problema foi global, com os diferentes modelos espalhados por diferentes países tendo que ser convocado às pressas para um recall. De acordo com as informações que constam no levantamento final e que fizeram parte do julgamento final dão conta de 40 milhões de carros tendo que reparar a peça com problema. Deste total, pelo menos um milhão de carros acabaram sendo levados para recall aqui no Brasil.
Acusações
Todos os executivos da empresa que foram condenados pela justiça dos Estados Unidos são japoneses e devem responder pelos crimes de fraude e também conspiração. Shinichi Tanaka, de 59 anos, Hideo Nakajima, 65, e Tsuneo Chikaraishi, 61, acabaram tendo suas acusações agravadas depois que deixaram a empresa assim que o caso veio à tona. A justiça dos Estados Unidos chegou a emitir mandados de prisão, mas eles não estão em solo americano.
A promotoria dos Estados Unidos, depois de conduzir toda a investigação, chegou a conclusão que os três sabiam o que estava acontecendo e sabiam que as explosões poderiam acontecer. Inclusive elas já teriam acontecido durante alguns testes que foram realizados pela companhia.
Do total das multas que estão sendo aplicadas nos Estados Unidos, US$ 125 milhões serão usados para indenizar consumidores que não estão processando individualmente a companhia. Outros US$ 850 milhões serão usados para recalls e cobertura de custos das montadoras cujos carros foram equipados com as peças que apresentaram o problema.