O Peugeot 2008 que está sendo vendido atualmente no mercado brasileiro foi reprovado na bateria de testes de segurança promovida pela Latin NCAP neste mês de junho. De acordo com as informações que foram divulgadas, o carro ficou abaixo de 25% de proteção para os ocupantes adultos, o que acabou gerando uma classificação final de 1 estrela, de 5 possíveis.
Os números absolutos em relação a todos os quesitos avaliados, organizados em grandes grupos que representam a segurança e a integridade que o carro garante para os ocupantes e para os pedestres em casos de acidentes, ficaram da seguinte forma: 2% de proteção para ocupantes adultos, 59% para crianças, 54% para pedestres e 56% em assistência à segurança.
No teste de impacto frontal, o principal problema apontado para os ocupantes adultos foi a exposição da região do peito. O joelho esquerdo do passageiro recebeu proteção marginal, e a estrutura do habitáculo foi considerada instável. Já para cabeça e pescoço, a proteção foi considerada boa.
O impacto lateral teve desempenho melhor, com proteção boa para cabeça, tórax, abdômen e pelve. Mas o teste lateral de colisão contra poste acabou não sendo feito para esse carro pelo fato de o veículo não possuir airbags laterais de cabeça como item de série. O sistema Whiplash para proteção do pescoço em colisões traseiras foi avaliado como bom.
Já na proteção oferecida para as crianças, o carro apresentou problemas na instalação no banco dianteiro. O veículo oferece ISOFIX de série, mas não é compatível com i-Size e não possui interruptor para desativação do airbag do passageiro dianteiro como item padrão.
Alejandro Furas, Secretário-Geral do Latin NCAP, afirmou que: "A Stellantis decepciona mais uma vez, neste caso com um modelo que tem concorrentes no mercado que oferecem melhor equipamento de segurança passiva e ativa de série (...) e até mesmo modelos que obtiveram cinco estrelas. O grupo Stellantis tem capacidade para oferecer melhor segurança de série. (...) É preocupante ver que fabricantes de veículos líderes, como alguns dos que fazem parte do grupo Stellantis, continuem oferecendo modelos com desempenho de segurança tão baixo, como se as vidas na América Latina e no Caribe não importassem tanto quanto as da Europa".
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