Dizem que o homem tem inteligência superior para criar máquinas, mas não tem controle emocional preparado para dominar a si mesmo. É uma verdade que pode ser comprovada quando se observa a atuação do homem no trânsito.

Não é de hoje que o número de veículos só vem crescendo e a prudência e tolerância diminuindo. E a tendência é um aumento continuo destas variáveis, uma vez que a expectativa de vida só está aumentando e o poder aquisitivo também, o que coloca cada vez mais carros nas ruas. Com o desamparo da poder público em trazer soluções de mobilidade pública realmente eficientes, ficamos à mercê desse ciclo que sem apoio estrutural na cidade que o suporte, só tenderá ao prejuízo do homem, que tem que necessitar tanto estresse.

O trânsito é reflexo do ser humano

O trânsito, assim como as máquinas, é feito por pessoas. E a paciência quem faz? Pensando nessa necessidade de entender o papel do homem, entre si intermediados pelas máquinas, automóveis, é que se criaram pilares de convivência e relacionamento no trânsito.

Direção Defensiva - Retrovisor

Princípio da Dignidade

Não poderia ficar senão em primeiro lugar o princípio da dignidade humana, onde nós seres iguais temos os mesmos direitos e por isso tratamento igual, não sendo permitida nenhuma espécie de preconceito, confirmando assim a prática da justiça social.

Princípio da Igualdade

O segundo princípio, por si só já reflete o primeiro, estamos falando da igualdade de direitos, mas não só isso e sim aplicando o princípio da constituição que confirma tratar desigualmente os desiguais, refletindo solidariedade.

Princípio da Participação

Outro princípio igualmente importante, diretamente relacionado ao tema do trânsito, é o da participação, onde outorga a sociedade o direito de reunir-se no objetivo de solucionar problemas relativos a esse que é sempre um contundente assunto. Uma das tarefas adotadas para esse fim é transformar o entendimento das pessoas para que entendam e valorizem seu próximo e ajam mais com amor que com ódio em nossas vias e estradas.

Considerando o alto preço que o governo paga com acidentes automotivos, e que saem do bolso do próprio contribuinte, consumidores das vias, dos carros e pagadores dos impostos, temos muitas vezes mais motivos de evitarmos os acidentes, já que ao esperar uma atitude do poder público realmente efetiva para mudar o cenário não tem sido a melhor decisão. Decisão essa que envolveria várias frentes e faria uma grande revolução, na estrutura física e legal do país.

No interesse de aplicar paliativos, o governo investe em educação no trânsito, o que na verdade, sozinho não trará muitos resultados, já que as estradas continuam em péssimas situações e os sistemas de fiscalização de barreiras, balanças, motoristas alcoolizados não ocorrem, e se isso acontece é de maneira precária.

Por questões que remotam desde a educação na infância à uma real necessidade de se destacar entre os outros, vemos constantemente motoristas imprudentes com carros em alta velocidade, curvas perigosas, arranques desnecessários e verdadeiras “acrobacias” nas ruas das grandes cidades.

Falar em direção defensiva é trabalhar diretamente na sede de adrenalina do motorista. É evidente que temos uma longa jornada pela frente neste quesito.

O que é direção defensiva

Direção defensiva, como o próprio nome diz, é você dirigindo ao mesmo tempo em que defende a si mesmo, ao seu próximo e até mesmo ao cachorro na rua.

É quando você tem que pensar em tudo rapidamente, de maneira que não prejudique a ninguém. Muitos poderiam dizer que um dos principais motivos para se praticar a direção defensiva é pensar em si e em sua família. Isso obviamente é verdade, mas esse pensamento reflete justamente o egoísmo da sociedade, o que reflete na maneira que dirigimos também.

Temos que pensar em nós, em nossas famílias, mas temos que ter em conta que se alguém precisar de teremos o mínimo de solidariedade para nos compadecermos com ela. Isso já acorre, porém, infelizmente ainda com pouca constância, pois o individualismo continua reinando.

Não ser egoísta no trânsito também reflete uma o aprendizado da direção defensiva. Por exemplo, quando motoristas veteranos auxiliam os que titubeiam na estrada, dando sinais e alertas de perigo e cuidado, pensam não só em ajudar, mas sabendo que em algum momento podem encontrar novamente com o desavisado e envolver em um acidente pela inexperiência daquele mesmo motorista.

Para manter-se um motorista experiente na direção defensiva é importante que o motorista passe continuamente por cursos de atualização nas auto-escolas, para que relembrem os conhecimentos e as ações de acordo com cada faixa etária, principalmente quando se fica mais velho e os reflexos começam a ficar alterado.

Direção Defensiva

Pensar primeiro e antes dos outros

Na segurança defensiva o correto você sempre prevê as possibilidades do que pode acontecer, nunca confiando nas habilidades de quem está na pista, nem mesma na sua, por isso, atenção mais que dobrada. Por exemplo, nunca siga muito próximo ao carro que está adiante, pois não se sabe a reação ou imprevisto que ele possa passar, e caso você precise fazer alguma manobra, precisa ter espaço suficiente.

Não pense que você sabe o que o outro motorista irá fazer. Fique distante de motoristas com atitudes agressivas que age como se não houvesse tempo suficiente na pista ou para suas manobras. É importante você ajudar esse motorista se afastando de qualquer atitude que possa envolvê-los num acidente.

Utilizando a direção defensiva com o freio

Em sua carreira como motorista você pode deparar-se com alguns imprevistos e é importante que você esteja preparado. E isso exige que você esteja preparado para as surpresas, utilizando para isso a direção defensiva, para ter controle sob seu volante. O método de empurrar e puxar o volante (em inglês puh and pull method) é essencial para manter segura suas mãos o tempo todo no volante.

Aprender as usar os freios também é importante para saber dirigir em rodovias, já que na mesma BR o tipo da pista pode variar, mesmo sem alterar o clima. Também é essencial você verificar se seu freio está muito macio ou rangendo, pode ser sinal de defeitos mecânicos ou de fluído.

Tudo sobre direção defensiva

Todos itens da revisão são importantes

Um motorista defensivo sempre se previne, checando todos aspectos do veículo. Nunca menospreze nenhuma luz de seu carro, todas são importantes. Também não deixe de lado os retrovisores, as setas, parabrisas, tudo é importante para sua garantir sua segurança.

Limites de velocidade

Como dito antes, a direção defensiva envolve manter-se em posição confortável, em relação ao veículo que está adiante. Lembrando que quanto maior sua velocidade, mais dificuldade de reação você terá. Não pense que porque o trânsito está andando rápido você tenha que fazer o mesmo, permaneça na sua velocidade média e chegue com segurança.

Atenção com seu entorno

Um dos causadores de acidentes de trânsito é a distração, e um dos fatores é o uso de celular e televisores nos veículos.

Além de estar atento ao seu redor, precisar prestar atenção ao que acontece em seu carro, como ruídos ou dificuldades mecânicas com o freio, embreagem, volante. Ou seja, é preciso estar atento a tudo fora e dentro.

Nunca deixe de usar as setas

Os seus colegas de trânsito não podem adivinhar o que você fará, por isso a importância da seta. Sem seta fica difícil saber o que fazer na via. Preste atenção ao momento de ligar a seta, a duração que ela deve permanecer ligada, nunca mude a direção sem verificar o entorno. Se você estiver em dúvida se o outro carro irá fazer o que está dizendo na seta, então espere ele realizar a manobra primeiro para então você continuar seu caminho.

Esse foi um resumo dos pontos básicos de direção defensiva. Para conhecer e estudar a respeito é importante procurar uma auto-escola e fazer um curso adequado ao seu nível de experiência e idade.