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O X5 é importantíssimo para a BMW. Foi responsável, por exemplo, pela alavancagem da marca no mercado norte-americano. E por isso, a fabricante tem um especial cuidado com o modelo. Como acontece agora, na terceira geração, que acaba de chegar ao Brasil. O X5 vem sempre com um poderoso V8 twinturbo a gasolina, que anima uma plataforma totalmente nova, com uso intenso de materiais leves – para reduzir peso, consumo e emissões. E traz, claro, todos os recursos tecnológicos que a marca alemã dispõe. Principalmente na topo de linha M Sport, vendida por R$ 429.950 – há ainda as versões Endurance e Experience. Na tabela da marca, o X5 só é mais barato que as duas configurações de topo da X6, a  xDrive 50i e a M, e que o mítico sedã M5. Apesar do preço, o peso novidade teve um impacto positivo nas vendas: foram 22 unidades em outubro, o melhor desempenho registrado no ano. 

A motorização V8 twinturbo de 450 cv de potência e 66,3 kgfm de torque é a mais voraz oferecida pela linha, enquanto a versão preparada pela Motorsport não chega. A plataforma nova reduziu em nada menos que 90 kg o peso final, que ainda ficou em 2.175 kg. As dimensões, no entanto, se mantiveram quase inalteradas. O entre-eixos tem os mesmos 2,93 m, mas ficou com 4,88 m no comprimento, 1,93 m na largura – 2,9 e 0,5 cm a mais em cada medida. Somente a altura diminuiu em 1,4 cm, para 1,76 m. As linhas gerais, no entanto, foram mantidas, com traços mais fortes, muita personalidade e identidade com os novos modelos da marca. Na frente, os faróis crescem até tocar a borda da clássica grade bipartida. De perfil, as rodas de 20 polegadas ressaltam a esportividade – que é confirmada pela discreto emblema da divisão M nos para-lamas. A tampa do porta-malas mantém a tradicional configuração de abrir em duas partes – uma para cima e outra para baixo – e a traseira é dominada pelas enormes lanternas de led, que têm o também clássico formato em “L”

Para 2014, a terceira geração da X5 passou a contar com sete lugares, graças ao rearranjo do interior, que abriu espaço para dois pequenos bancos embutidos no piso do bagageiro. No mais, o interior foi transformado em um verdadeiro parque de diversões para fãs de “gadgets”. A lista é bem completa e não faltam itens interessantes como ar-condicionado de quatro zonas, teto solar panorâmico e sistema de entretenimento traseiro, com duas telas montadas atrás dos encostos de cabeça dianteiros. Elas podem exibir qualquer programação determinada pelo motorista através do iDrive.

O sistema de comando central também controla o GPS, som e outras configurações do carro por um botão giratório posicionado junto à alavanca de câmbio. Há ainda outros recursos, como a câmara térmica, do chamado BMW Nigth Vision, que projeta a imagem o que há à frente, mesmo que esteja fora do campo iluminado. Os faróis em led, aliás, também são cheios de tecnologia. O sistema SmartBeam não só reduz a intensidade dos faróis quando o X5 cruza com outro carro no sentido contrário, como identifica pedestres e os ilumina com um facho direcionado, através de pequenos espelhos junto ao grupo ótico.

A tecnologia e a exuberância do novo X5 acabam explicando os preços, Além dos R$ 429.950 da versão xDrive 50i M Sport que a BMW cobra, as versões Endurance e Experience custam R$ 399.950 – têm a menos apenas a terceira fileira de bancos e o pacote aerodinâmico. Assim que o impacto da chegada passar, a marca alemã deve completar a linha nas duas pontas, com modelos mais baratos, com motorização seis cilindros, e a versão mais esportiva Motorsport.

BMW X5

Ponto a ponto

Desempenho – O V8 de 4.4 litros e 450 cv dá ao X5 um excelente desempenho. As acelerações são consistentes – apenas 5,0 segundos de zero a 100 km/h – e os 66,3 kgfm de torque, disponíveis já a 2 mil rotações, dá uma enorme vitalidade ao modelo. O câmbio automático de oito marchas consegue extrair o melhor do V8, que urra forte a cada aceleração. As trocas de marcha são rápidas e quase imperceptíveis, com mínima interrupção no fluxo de força. Limitar a velocidade máxima em 250 km/h é uma medida ajuizada. Nota 10.

Estabilidade – Mesmo com a suspensão configurada para mais conforto, o arranjo de suspensão independente nas quatro rodas dá conta de segurar os 2.175 kg do X5 xDrive50i. Ele até inclina em curvas, mas sem ameaçar o controle. O rodar é bastante assentado e os modos Sport e Sport+ deixam o utilitário mais pronto para emoções – nem tão fortes assim. A direção é bastante precisa. Nota 9.

Interatividade – O interior é lotado de equipamentos e uma infinidade de configurações. Mas a quantidade de comandos complica o uso – já era tempo de a BMW adotar tela sensíveis ao toque. De qualquer forma, o painel é bem completo, dominado pela tela de 8 polegadas. Nela são exibidas todas informações do carro, do som e do navegador GPS. Nota 9.

Consumo – O InMetro não testou nenhuma unidade do BMW X5 xDrive50i, mas o computador de bordo acusou média de 5,5 km/l em ciclo urbano. Nota 6.

Conforto – Os bancos são confortáveis e todos os ocupantes desfrutam de um interior muito bem acabado. Há espaço para cinco pessoas sem apertos e apenas os dois da última fileira reclamarão de algum aperto se forem maiores que pré-adolescentes. Mesmo sendo a versão com apelo mais esportivo, com o pacote visual M Sport, que inclui rodas de 20 polegadas, a cabine é bem isolada do mundo externo. O silêncio só é quebrado pelo barulho de rolagem dos pneus, um tanto acentuado. O V8 também se faz ouvir no uso cotidiano mais do que a aura de luxo faria supor. Nota 9.

Interior da X5

Tecnologia – A terceira geração da X5 é bem recente, acabou de ser mostrada no exterior já como linha 2014 e começou a ser vendida no Brasil em outubro. O modelo traz bastante tecnologia embarcada, como sistemas de visão noturna e iluminação ativa, além de controlador de velocidade de cruzeiro adaptativo e monitores de ponto cego e de mudança de faixa. O iDrive, que controla todos os dispositivos do carro está mais moderno e o GPS traz até gráficos em 3D. A plataforma é nova, mais leve, ainda que mantenha dimensões parecidas com as da geração anterior. O motor V8 de 4.4 litros é conhecido, mas constantemente modernizado, junto com o câmbio automático de oito marchas. Nota 10.

Habitabilidade – O acesso ao interior é fácil, mesmo com o bom vão de altura do solo. As portas são amplas e têm bom ângulo de abertura. O interior tem vários nichos para colocação de objetos de uso rápido, como carteira e telefones, mas o porta-luvas poderia ser maior. O porta-malas leva bons 651 litros de capacidade com a terceira fileira de bancos abaixada. Nota 9.

Acabamento – O padrão é muito bom, condizente com a etiqueta de quase R$ 430 mil. A cabine é revestida em materiais nobres e o couro de tonalidade clara acentua a sensação de requinte. O alto do painel é todo emborrachado e os plásticos são de excelente qualidade, mesmo em áreas menos visíveis do interior. Mesmo com algumas “chacoalhadas” proporcionadas por pisos ruins, nada faz barulho ou aparenta fragilidade. Nota 10.

Design – Apesar de não parecer muito diferente da geração antiga, o novo X5 tem linhas ligeiramente suavizadas. O perfil ainda é um tanto “musculoso”, típico da BMW, mas há mais superfícies planas, interrompidas apenas por alguns vincos sutis. A frente traz a grade cromada bipartida em destaque, com os faróis integrados. O arranjo é bem moderno e conectado com os sedãs Série 3 e Série 5. Nota 8.

Custo/benefício – Nessa faixa de preço os benefícios são levados mais em consideração que os custos. Por R$ 429.950, o X5 xDrive50i M Sport oferece um dos conjuntos mais completos do portfólio da BMW. Em igualdade de preços e motorização, só se alinha com o recém-lançado Range Rover Sport e o Porsche Cayenne S V8, de 400 cv,que custam R$ 496.500 e R$ 429 mil, respectivamente. Mercedes-Benz, com ML350 a R$ 247.900, a Audi, com o Q7 de R$ 332 mil, preferem atuar na entrada do segmento. Nota 4.

Total – O BMW X5 xDricve50i M Sport somou 84 pontos em 100 possíveis.

Bancos traseiros que rebatem

Impressões ao dirigir

Com o passar dos anos, a BMW aprimorou o visual da X5. O utilitário cresceu e hoje ostenta linhas harmônicas e com conexão com os demais modelos da fabricante. No entanto, é sob o capô que o X5 xDrive50i M Sport mostra os melhores atributos. O poderoso 4.4 litros ronca grosso assim que o motorista dá a partida. O ruído enche a cabine e evidencia o potencial do V8. Ainda assim, o funcionamento é bastante suave. Em baixos regimes, o X5 desliza macio e entrega bastante conforto a cinco ou sete ocupantes – desde que na terceira fileira viajem crianças de até 1,30 m de altura.

A quantidade de botões e comandos impressiona, mas um se destaca: o que alterna entre os modos de condução e coloca a X5 em modo Sport, que enrijece a suspensão, “atiça” o acelerador e deixa o câmbio mais reativo. Os 66,3 kgfm de força aparecem logo a 2 mil rotações. Os 450 cv não fazem o X5 parecer menor do que é, mas dão ao modelo um desempenho digno de esportivos. O câmbio automático de oito marchas lida bem com a força do motor e o deixa sempre em rotações de melhor rendimento. O efeito colateral essa vitalidade aparece na bomba de combustível. O consumo dificilmente passa dos 10 km/l em ciclo rodoviário – e mesmo assim no modo EcoPro, que anestesia o carro e liga obrigatoriamente o start/stop. A média foi de 5,5 km/l. 

Nas curvas, o corpanzil do utilitário mantém a compostura e os movimentos da carroceria são bem controlados. No modo Comfort, o X5 balança um pouco, mas os pneus de perfil baixo sofrem com asfalto irregular – e repassam ruídos e solavancos sem muita cerimônia. Em “Sport”, a direção fica ligeiramente mais dura, mas a absorção de impactos não é muito prejudicada. Já no modo Sport +, a direção fica firme demais e a suspensão maltrata os ocupantes com respostas secas. 

O interior é recheado de mimos ao motorista e ocupantes. Quem vai ao volante dispõe de equipamentos de ponta, como o BMW Night Vision, que abre na tela central do painel uma câmara de visão noturna. Outro é o sistema controle de velocidade, que além de monitorar a distância para o carro da frente, é capaz de acionar os freios quanto constata a iminência de uma colisão. Para estacionar, além de câmaras na frente e atrás, há outras nos espelhos, que são unidas por computador para formar uma visão de cima, como de um satélite da CIA.

O GPS, que apresenta gráficos em 3D, tem o uso bastante facilitado pelo pequeno “touchpad” incorporado ao botão giratório do iDrive, onde basta desenhar com um dedo as letras do endereço a ser inserido. Os bancos são muito confortáveis e o acabamento é o impecável. O único senão da variante M Sport é o nível de ruído interno, algo acentuado para um carro dessa categoria. Aí, contribuem os pneus mais largos – com direito a fartos 315/35 atrás – que se fazem presentes principalmente em velocidades mais elevadas. O V8 também é ouvido já em rotações medianas, ainda que a atmosfera geral mantenha o glamour.

Detalhe da traseira da X5

Ficha técnica

BMW X5 xDrive50i M Sport

MotorGasolina, longitudinal, 4.395 cm³, biturbo, oito cilindros em “V”, quatro válvulas por cilindro e comando duplo em cada bancada com válvulas variáveis. Injeção direta de combustível e acelerador eletrônico
TransmissãoCâmbio automático com oito marchas à frente e uma a ré. Tração integral. Oferece controle de tração
Potência máxima450 cv entre 5.500 e 6 mil rpm
Aceleração de 0 a 100 km/h5,0 segundos
Velocidade máxima250 km/h
Torque máximo66,3 kgfm entre 2 mil e 4.500 rpm
Diâmetro e cursoTaxa de compressão: 10,0:1
SuspensãoDianteira com duplo braço de controle. Traseira do tipo multilink. Conta com controle eletrônico de rigidez dos amortecedores e de estabilidade
Pneus275/40 R20 na frente e 315/35 R20 atrás
Freios Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Oferece ABS de série
CarroceriaUtilitário em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,88 metros de comprimento, 1,93 m de largura, 1,76 m de altura e 2,93 m de distância entre-eixos. Airbags frontais, laterais e do tipo cortina
Peso2.175 kg
Capacidade do porta-malas 651 litros
Tanque de combustível85
ProduçãoSpartanburg, Estados Unidos
Lançamento mundial2013
Lançamento no Brasil2013
Itens de sérieControle de estabilidade, tração, airbags frontais, laterais e de cortina, sensor de pressão nos pneus, ar-condicionado de quatro zonas, sistema de entretenimento com GPS com informações do trânsito em tempo real, integração com smartphones, sistema de som Bang & Olufsen com 16 alto-falantes, quatro câmaras, head-up display, assistente de sinais de trânsito, câmara de visão noturna e controle de cruzeiro adaptativo
PreçoR$ 429.950

Autor: Igor Macário (Auto Press)
Fotos: Eduardo Rocha/Carta Z Notícias