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A Peugeot não parece enxergar grande potencial na área de comerciais leves no Brasil. Exceto pelo lançamento da picape Hogar e do novo Partner, ambos em 2010, nada mais foi feito desde então em sua área de comerciais leves no mercado brasileiro. O furgão Boxer, por exemplo, ainda tem sua segunda geração fabricada em Sete Lagoas, Minas Gerais. Mas na Europa já é vendido, desde o mês passado, em sua quarta – que tão cedo não deve aparecer no Brasil. Com quatro opções de motores e configurações que vão de furgão a van de passageiros com até nove lugares, o modelo recebeu, além de mudanças estéticas na dianteira, novos equipamentos de série – principalmente no que diz respeito à segurança. 

Esteticamente, o novo Boxer é praticamente igual ao novo Fiat Ducato, lançado recentemente na Europa. A frente ganhou robustez, com uma nova e grande grade prateada, e os faróis têm luzes diurnas que podem ser opcionalmente em leds. O para-choque frontal também foi reformulado e agora conta com dois grandes espaços circulares onde podem ser instalados faróis de neblina. Já o capô recebe o leão – símbolo da fabricante francesa – centralizado acima da linha reta que o separa da grade. Na traseira, a mudança mais significativa é a nova assinatura luminosa das lanternas.

Frente mostra um desenho moderno

Em sua quarta geração, o Peugeot Boxer teve a carroceria e os mecanismos de abertura das portas laterais reforçados. Foram feitos testes em mais de 4 milhões de quilômetros percorridos entre trajetos de pisos irregulares e diferentes pesos de carga para avaliar a durabilidade e reduzir os ruídos nas mais diversas situações. Além disso, o conforto acústico recebeu melhorias através de um novo apoio aos amortecedores, tornando o veículo mais estável no transporte de cargas pesadas – o máximo vai de 3 toneladas a 3,5 toneladas, dependendo da versão.

De série, o furgão conta com controle eletrônico de estabilidade, controle de cruzeiro com limitador de velocidade, assistente de partida em rampa e sistema de áudio com Bluetooth e entrada USB. Como opcionais, é possível contar com assistente de descidas em velocidade inferior a 30 km/h, alerta de troca involuntária de faixa, sensor de estacionamento, câmera de ré, tela sensível ao toque de cinco polegadas e sistema de navegação. 

Já as opções de motores na Europa são quatro, todas a diesel. Três delas são com o propulsor 2.2 HDi, que pode ser calibrado para render 110 cv, 130 cv ou 150 cv, sendo que as duas últimas calibrações podem ter a economia de combustível ampliada com a adoção do sistema start/stop. Nas três opções, o torque máximo é de 25,5 kgfm, 32,6 kgfm e 35,7 kgfm, respectivamente, sempre pleno a 3.500 rpm. Outra alternativa é o 3.0 HDi de 180 cv e 40,8 kgfm de torque. Em qualquer um dos casos, a transmissão é sempre manual de seis velocidades.  Isso porque, apesar de garantir que o conforto de seus ocupantes – incluindo o condutor – seja uma de suas prioridades, a marca afirma que “não há demanda” para transmissão automática neste segmento.

Interior do novo Boxer

Primeiras impressões

Paris/França – Nos arredores de Paris, o novo Peugeot Boxer impressiona em sua versão com motor 2.2 litros de 150 cv. É verdade que o furgão não foi completamente carregado para o teste, mas desde em trechos com curvas mais fechadas e onde o tráfego de veículos maiores é mais difícil, o comercial leve francês não se deixou abater. Sobra torque e vigor para as saídas, ultrapassagens e retomadas de velocidade. 

Se há algo para se discutir em relação a melhorias que poderiam ter sido feitas, talvez fosse o caso de atentar mais ao isolamento acústico do habitáculo e às vibrações. A tela sensível ao toque de cinco polegadas é indiscutivelmente útil, embora tenha sido colocada em localização desfavorável ao motorista. Assim como o posicionamento do câmbio para as trocas de marcha. Pena que a Peugeot desconsidere a possibilidade de adotar uma transmissão automática no modelo.

Traseira do novo Peugeot Boxer

Ficha técnica

Novo Peugeot Boxer 2.2 150 cv

MotorDiesel, dianteiro, transversal, 2.198 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, turbocompressor, intercooler e comando duplo no cabeçote. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial
TransmissãoCâmbio manual de seis marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira
Potência máxima150 cv a 3.500 rpm
Torque máximo35,7 kgfm a 3500 rpm
Velocidade máxima156 km/h
Diâmetro e cursoNão informado
Taxa de compressãoNão informado
SuspensãoDianteira do tipo MacPherson com rodas independentes, braços oscilantes inferiores à geometria triangular e barra estabilizadora, amortecedores hidráulicos, telescópicos com fixação elástica na carroceria e molas helicoidais. Traseira com eixo rígido tubular, amortecedores hidráulicos, telescópicos com fixação elástica na carroceria e mola longitudinal. Tem controle eletrônico de estabilidade
Pneus215/70 R15
FreiosDiscos ventilados na frente e atrás. Oferece ABS com EBD de série
CarroceriaFurgão em monobloco com três portas e até nove lugares. Com 4,96 metros de comprimento, 2,05 m de largura, 2,25 m de altura e 3 m de distância entre-eixos. Possui airbags frontais. 
Peso2.035 kg
Tanque de combustível90 litros
ProduçãoAtessa, Itália
PreçoA partir de 22.370 euros, o equivalente a R$ 67.350

Autores: Carlo Valente (InfoMotori.com/Itália) e Márcio Maio (Auto Press)
Fotos: Divulgação