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A Renault até poderia se acomodar em relação ao Trafic. Líder de vendas na categoria há 16 anos na Europa, o modelo já estava há 14 deles sem alterações significativas. Mas a marca francesa se mexeu e apresentou por lá a terceira geração do veículo. Ele passou por melhorias na aerodinâmica e de funcionalidade, teve o desing renovado e ganhou reforço tecnológico dentro e fora da cabine.

O novo Renault Trafic incorpora agora um visual robusto e condizente com a atual assinatura da marca. O logotipo passa a ter grande destaque e seus faróis foram alongados. De perfil, suas linhas ganham formas que valorizam a ideia de grande espaço para cargas – até porque o modelo chega a dispor de 4,15 metros destinados ao transporte de mercadorias – e a porta lateral deslizante. Já a traseira mantém a forma quadrada que amplia o acesso aos materiais transportados, mas ganha um instrumento extra para favorecer a visibilidade e a segurança do condutor: são dois limpadores para os vidros de trás.

São duas opções de altura e duas opções de largura, com versões de transporte de mercadorias, passageiros ou outras adaptações feitas por implementadoras. Essas possibilidades fazem com que sua carroceria possa ter mais de 250 variações possíveis de configurações com comprimentos de 4,99 m ou 5,39 m, largura de 1,96 m e altura de 1,97 m ou 2,46 m. O novo Trafic é mais longo 21 centímetros que sua geração anterior e ganhou, com isso, um volume útil de 200 litros na versão mais baixa e 300 litros na mais alta, totalizando 5.200 litros e 8.600 litros, respectivamente. 

Por dentro, a preocupação com o uso profissional fica mesmo evidente. Tanto que a Renault tentou conceber o novo Trafic para ser uma espécie de extensão de escritório de trabalho. O painel central traz dois suportes para apoiar smartphones de até 4,7 polegadas e tablets entre 4,8 e 10,6 polegadas. E através do rebatimento do banco central dianteiro, cria-se um espaço capaz de apoiar um notebook com tela de até 17 polegadas. Além disso, o modelo traz sistema de entretenimento e navegação de série Media Nav, com rádio, Bluetooth, entradas de USB e GPS. Até o final do ano, haverá ainda a opção de contar com o novo R-Link Evolution, com tela que permite dar zoom e reproduz as imagens da câmera de ré – do contrário, elas são exibidas no retrovisor. 

Sob o capô do novo Trafic podem estar quatro opções de motores, todas diesel. Dois são propulsores turbo, o DCI 90 e o DCI 115, que entregam, respectivamente, 90 cv e 115 cv de potência e 26,5 kgfm e 30,6 kgfm de torque. Já os outros são os biturbos Energy DCI 120 e Energy DCI 140, que atingem 120 cv e 140 cv e 32,6 kgfm e 34,7 kgfm de torque, nessa ordem. De série, todas as versões contam com controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, alerta de mudança involuntária de faixa de rodagem e controle adaptativo de carga. Por tudo isso, os preços começam na faixa de 22 mil euros, cerca de R$ 67 mil. Mas ultrapassam os 30 mil, aproximadamente R$ 91 mil, nas configurações de topo, dependendo da altura e comprimento escolhidos. Por enquanto, não existem planos para trazer a nova geração do Renault Trafic para o Brasil.

Novo Renault Trafic

Primeiras impressões

Copenhague/Dinamarca – A Renault escolheu a bela cidade de Copenhagen para promover o teste de estreia de seu novo Trafic. Na estrada, o comercial leve se comporta de maneira bem semelhante a um carro de uso familiar. Sua posição elevada, aliás, transmite uma sensação ao motorista não muito diferente da sentida no volante de um utilitário. Parte disso em função também da posição mais inclinada do para-brisas, uma referência direta ao universo de carros de passeio. 

Esse conforto na direção, aliado ao bom funcionamento da caixa de marchas manual de seis velocidades, torna a experiência ainda mais instigante. Já o motor biturbo de 140 cv e 34,7 kgfm de torque responde prontamente aos comandos. Seu funcionamento pode ser considerado brilhante, já que alia o bom desempenho a um consumo de fato eficiente de combustível.

Ficha técnica

Renault Trafic 1.6 DCI 140 L1H1 

MotorDiesel, dianteiro, transversal, 1.598 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, biturbo de geometria fixa e intercooler. Acelerador eletrônico e injeção direta
TransmissãoCâmbio manual de seis marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Controle eletrônico de tração. 
Potência máxima140 cv a 3.500 rpm
Torque máximo34,7 kgfm a 1.500 rpm
Velocidade máxima181 km/h
Diâmetro e curso80 mm x 79,5 mm. 
SuspensãoDianteira do tipo MacPherson com rodas independentes, barra estabilizadora, amortecedores hidráulicos e molas helicoidais. Traseira com eixo rígido tubular, amortecedores hidráulicos e molas helicoidais. Tem controle eletrônico de estabilidade
Pneus215/65 R16
FreiosDiscos ventilados na frente e sólidos atrás. Oferece ABS com EBD de série
CarroceriaFurgão em monobloco com quatro portas e até nove lugares. Com 4,99 metros de comprimento, 1,96 m de largura, 1,97 m de altura e 3,10 m de distância entre-eixos. Possui airbags frontais.  
Peso1.976 kg
Tanque de combustível80 litros
ProduçãoSandouville, França
PreçoA partir de 27.450 euros, o equivalente a R$ 84 mil

Autor: Carlo Valente (do InfoMotori.com/Itália) com Márcio Maio (Auto Press)
Fotos: Divulgação