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O clima tropical e a grande extensão litorânea deveria ser um forte chamariz para os conversíveis no Brasil. Mas a verdade é que é difícil ver um carro sem capota pelas ruas, seja pela insegurança pública das grandes cidades, pela inclemência do sol ou até pelos altos preços cobrados. Atualmente, há cerca de 20 opções. Foi só em 2001 que a Peugeot se inseriu nesse segmento no país, com seu 206 CC – a sigla se refere ao fato do carro ser cupê e cabriolet, dependendo da posição em que se mantém o teto rígido. A estratégia foi repetida no 307 CC e novamente adotada no 308 CC, que a fabricante passou a trazer para o Brasil em 2012. O “dois em um” pode até não ser um sucesso de vendas – desde que chegou, emplacou apenas 400 unidades até o final do último mês de março. Mas agrega valor à marca e, de quebra, briga entre os “funcars” disponíveis por aqui – até porque, ele é mesmo divertido.

O Peugeot 308 CC recuperou o conceito já usado no 206 CC e, posteriormente, no 307 CC. O teto retrátil é dividido em duas partes e, por um comando elétrico, se dobra e “esconde” no porta-malas. O processo leva apenas 20 segundos tanto para abrir quanto para fechar a capota, com velocidade inferior a 12 km/h. Uma característica que faz o modelo perder 199 dos seus 465 litros de capacidade do porta-malas quando usado em sua forma cabriolet.

Esteticamente, o Peugeot 308 CC esbanja charme. Na dianteira, chama atenção a luz de neblina que é acompanhada por um filete de luzes diurnas de led. De perfil, um friso cromado delimita os vidros e alonga sua silhueta, o que confere um toque de luxo ao esportivo. Já a traseira conta com uma fina camada de leds que é iluminada nas frenagens, que contribui para certa sensação de alargamento. Um conjunto que se equilibra perfeitamente tanto com o teto fechado quanto com ele oculto na mala do veículo.

Peugeot 308 CC

Em termos de luxo, o carro também é bem servido. Os bancos de couro dianteiros recebem um sistema de aquecimento da nuca que, com o motor ligado, ventila ar aquecido na região de forma controlada. Para definir o fluxo, basta escolher o mais adequado no comando localizado junto à saída de ar. Já para combater o calor, a climatização é dual zone e digital. O sistema de navegação traz comandos no volante e tela de sete polegadas, além de estar acompanhado de som JBL de 500 W e dez alto-falantes. Para estacionar, há sensores tanto à frente quanto na traseira, mas sem câmera de ré – é preciso se contentar com um gráfico na tela de navegação. Sensores de chuva e de luminosidade, retrovisores com ajustes e rebatimento elétricos, limitador e regulador de velocidade também estão entre os itens de série.

Segurança é outro ponto de destaque do modelo. No Peugeot 308 CC, os passageiros contam com airbags frontais, laterais e de cabeça, somando seis no total. Em casos de capotamento do conversível, arcos retráteis em alumínio escondidos nos apoios de cabeça traseiros são acionados, reduzindo o impacto dos ocupantes. Sua abertura se dá 20 milissegundos após a detecção de situação de risco, caracterizada pelo nível de inclinação do carro aliada a certa velocidade. Para evitar acidentes, há ainda sistema de antipatinagem e controle de estabilidade.

O motor 1.6 litro THP de 16 válvulas é o mesmo utilizado no cupê RCZ e que estreou na marca em novembro de 2010, no crossover 3008. Nos dois esportivos, ganhou calibragem que garante 165 cavalos e torque máximo de 24,5 kgfm já às 1400 rpm. Completa o propulsor o câmbio automático de seis velocidades. Um conjunto que leva o carro à velocidade máxima de 212 km/h e de zero a 100 km/h em 9,8 segundos. Valores capazes para entusiasmar os motoristas que gostem de passear, mas têm o pé direito com certo peso.

Detalhe da lanterna traseira

Ponto a ponto

Desempenho – Os 165 cv do motor 1.6 turbinado são suficientes para mover o 308 CC, mas sem o toque de esportividade que seu design promete. O torque de 24,5 kgfm aparece já nas 1.400 rotações, o que favorece ultrapassagens e retomadas. O propulsor tem boa sintonia com a transmissão automática de seis marchas sequenciais, que tem trocas eficientes. Nota 8.

Estabilidade – As respostas do 308 CC às mudanças de direção são diretas e ágeis. O carro é bem controlado pela suspensão firme e rolagens de carroceria são sutis nas curvas. Com o teto recolhido, elas se tornam mais perceptíveis, mas não chegam a trazer sensação de insegurança. O carro conta ainda com controle eletrônico de estabilidade. Nota 9.

Interatividade – Todos os comandos estão à mão, mas o espaço não chega a ser generoso dentro do 308 CC. A tela do sistema de navegação não é sensível ao toque, o que não combina com a faixa de preço do modelo nem com a ideia de requinte que a fabricante quer emprestar ao modelo. Nota 7.

Consumo – O InMetro testou o Peugeot 308 CC e conseguiu média de 8,2 km/l de gasolina na cidade e 12,0 km/l na estrada. A média poderia ser melhor, já que se trata de um carro moderno, com motor 1.6 e movido apenas a gasolina. Obteve nota D entre modelos médios e C no geral. Nota 6.

Conforto – A suspensão firme faz os passageiros sentirem mais as imperfeições das ruas brasileiras. Já em piso liso, os bancos são bem confortáveis e envolvem com maciez o corpo do passageiro e do motorista. Por se tratar de um conversível com teto rígido, o isolamento acústico é eficiente quando o carro está fechado. Se bem que barulho no interior não chega a ser uma prioridade para quem opta por um cabriolet. Nota 8.

Interior do Peugeot 308 CC

Tecnologia – O teto retrátil do 308 CC é o grande charme do modelo, embora não seja novidade. O mecanismo automático esconde-o sob a mala em apenas 20 segundos. O motor 1.6 litro turbinado já é velho conhecido pelo uso tanto na gama da Peugeot e Citroën quanto também nos Mini. O sistema de navegação tem tela de sete polegadas, com gráfico para os sensores de estacionamento de trás e da frente – ou seja, sem câmera de ré. O carro conta com sistema de som JBL, com 500 W e 10 alto-falantes. São seis airbags, controle eletrônico de estabilidade e sistema de antipatinagem. Um bom conjunto de entretenimento e segurança. Mas borboletas no volante para trocas manuais fazem falta. Nota 8.

Habitabilidade – O carro é baixo, mas as portas grandes facilitam o acesso. O porta-malas é generoso, com 465 litros como cupê e 266 litros em estado de cabrio. Há bons porta-objetos e o porta-luvas, de 10,3 litros, se tranca automaticamente quando o carro é fechado. Ou seja, é seguro guardar coisas ali mesmo se estacionado como cabriolet. Nota 8.

Acabamento – Mostradores com fundo branco, volante revestido em couro, console central com detalhes em laca preto e revestimento macio ao toque criam uma atmosfera de requinte. Saídas de ar, maçanetas, puxadores da porta e anéis em torno dos instrumentos são cromados. A finalização do habitáculo é, sem dúvida, um dos pontos altos do conversível francês. Nota 9.

Design – Aliado ao teto retrátil, o visual é um dos grandes destaques do 308 CC. Só o charme de suas linhas de cupê já são suficientes para atrair olhares curiosos nas ruas. O para-brisa fortemente inclinado e os para-choques esportivos vincados dão ao carro uma personalidade esportiva e, ao mesmo tempo, extremamente luxuosa. De perfil, chama atenção o friso cromado que delimita os vidros e, de quebra, alonga a silhueta do modelo. Nota 9.

Custo/benefício – O 308 CC entra na categoria dos “funcars”, ou seja, não é o tipo de compra com grande preocupação em valores. A Peugeot vende o cupê-conversível por R$ 147.490, enquanto o cupê RCZ sai por R$ 149.990. Na Volks, o novo Fusca começa em R$ 85.650, mas pode ultrapassar R$ 125 mil se equipado com todos os opcionais possíveis. Um Mini Cooper Coupé começa em R$ 129.950, enquanto o Cabrio já pula para R$ 139.950. Para os mais abastados, um Mercedes-Benz SLK 250 turbo custa R$ 239.900. Já quem quiser gastar pouco e ainda assim sentir o vento da capota aberta pode optar por um Fiat 500C, que começa em R$ 64.230, mas com uma configuração bem mais humilde e sem teto rígido. Nota 6.

Total – O Peugeot 308 CC somou 78 pontos em 100 possíveis.

Visão lateral do Peugeot 308 CC

Impressões ao dirigir

Tanto em sua forma cupê quanto cabriolet, o Peugeot 308 CC arranca olhares por onde passa. O teto retrátil rígido está presente por aqui desde a virada do milênio, com o antigo 206 CC. Mesmo assim, é a grande estrela do carro. Com apenas um botão pressionado por 20 segundos, o carro passa de cupê para conversível e vice-versa em um verdadeiro espetáculo mecatrônico. E forma plateia nas ruas durante sua transformação.

No trânsito, o carro se sai bem tanto em tráfego urbano quanto em viagens longas. O torque de 24,5 kgfm já marca presença em baixas 1.400 rotações. Com isso, tanto suas ultrapassagens quanto as retomadas são favorecidas. O 1.6 litro turbinado atinge 165 cv, que são mais que suficientes para movimentar bem o carro. As respostas ao acelerador são rápidas e o câmbio automático de seis marchas tem trocas precisas. Só não é dos mais suaves, o que já era de se esperar pela esportividade do 308 CC.

Sob o capô do Peugeot 308 CC - Motorização

A suspensão, assim como nos outros modelos da Peugeot, ganha certa dose de firmeza. Para curvas em velocidade de cruzeiro, bem eficiente na sensação de segurança. Até se nota flutuação da traseira, mas nada alarmante. O único problema é que os ocupantes sentem bem os impactos causados pelos pisos irregulares. Uma característica também normalmente observada nos carros franceses, que são pensados para as estradas europeias.

Quando enfrenta estradas de boa pavimentação e com o teto aberto, o 308 CC vira um carro de passeio na acepção da expressão. As situações preferenciais são tardes ensolaradas no outono e no inverno ou então nas noites quentes de verão. Um dia mais frio, porém, dá a oportunidade de usufruir do sistema de aquecimento de pescoço, que forma uma espécie de manta de ar quente no habitáculo com os difusores de ar do painel e da coluna.

Todo este conforto térmico é harmonizado com requinte do interior. O revestimento dos bancos e do volante é em couro e o habitáculo tem superfícies macias onde quer que se toque, como paineis das portas e console frontal. Os detalhes em cromado são usados de forma elegante, sem qualquer extravagância, e se coordenam com toques de alumínio. Os bons-tratos oferecidos criam uma permanente sensação de passeio de domingo a bordo do 308 CC.

Visão traseira do Peugeot 308 CC

Ficha técnica

Peugeot 308 CC 1.6 16V THP (dados de fábrica)

MotorA gasolina, dianteiro, transversal, 1.598 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e comando duplo de válvulas no cabeçote com tempo de abertura de válvulas variável. Turbocompressor, intercooler, injeção direta e acelerador eletrônico
TransmissãoCâmbio manual com seis marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Oferece controle eletrônico de tração
Aceleração de 0 a 100 km/h9,8 segundos
Velocidade máxima212 km/h
Potência máxima165 cv a 6 mil rpm
Torque máximo24,4 kgfm a 1.400 rpm
Diâmetro e curso77 mm x 85,8 mm
Taxa de compressão10,5:1
SuspensãoDianteira independente do tipo McPherson invertido com barra estabilizadora. Traseira semi-independente, com travessa deformável e barra estabilizadora. Oferece programa eletrônico de estabilidade
FreiosDiscos ventilados na frente a sólidos atrás. Oferece ABS, EBD e assistente de frenagem de emergência
CarroceriaConversível em monobloco, com duas portas e quatro lugares com 4,40 metros de comprimento, 1,81 m de largura, 1,42 m de altura e 2,60 m de entre-eixos. Oferece airbag duplo frontal, laterais e de cabeça
Peso1.512 kg em ordem de marcha com 428 kg de carga máxima
Capacidade do porta-malas465 litros com o teto erguido/266 litros com o teto recolhido
Tanque de combustível60 litros
Itens de sérieAirbags frontais, laterais e de cabeça, GPS integrado ao painel com tela de sete polegadas  rebatível eletricamente, rádio com CD player e leitor MP3, acendimento automático dos faróis, ar-condicionado automático digital dual zone, bancos com aquecimento automático, bancos elétricos dianteiros com memória de posição, capota rígida retrátil, direção eletro-hidráulica, limpador de pára-brisa automático com sensor de chuva e indexado à velocidade, regulador e limitador de velocidade, retrovisores elétricos, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, alarme, freios ABS com auxílio a frenagem de urgência e repartidor eletrônico de frenagem, luzes diurnas em led, rodas de liga leve de 18 polegadas e volante e bancos revestidos em couro
PreçoR$ 147.490

Autor: Márcio Maio (Auto Press)
Fotos: Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias