Henry Ford (1863-1947) é considerado até hoje como sendo um dos maiores empresários da História e um exemplo de capitalista moderno. Seu nome é tão importante para o modelo capitalista que até um termo foi cunhado em sua homenagem, o Fordismo.

Esse termo foi criado pelo filosofo italiano Antonio Gramsci, em 1922, e faz referência ao sistema de produção em massa instituído pelas linhas de montagem do empresário norte-americano Ford em 1913.

Esse modelo de produção em massa acabou virando o modelo padrão da indústria automobilística até os dias de hoje, e foi copiado para outras linhas de produção, com as da indústria têxtil e a indústria de eletrodomésticos, por exemplo.

A linha de produção estabelecida por Henry Ford se popularizou com a criação do modelo Ford T (no Brasil, Ford Bigodudo ou Bigode), em 1908. Esse modelo, em 1913, serviria de base para a criação da linha de montagem automobilística.

Com ela, a fabricação de veículos teve um salto, já que resultava em uma maior quantidade de veículos produzidos do que no modelo anterior de fabricação. Isso revolucionou a indústria automobilística mundial e todo o mundo capitalista.

Com o modelo de produção em massa popularizado pelo Fordismo, foi possível se criar um modo de produção que permitisse uma produção maior por trabalhador e um produto final com preço mais baixo.

Fordismo

Esse modelo virou a forma dominante de produção do século XX, e passou a ser um dos símbolos máximos da sociedade capitalista de consumo, onde um mercado consumidor precisa de produtos em maior quantidade, e com o Fordismo, isso ficou possível a um preço muito mais acessível.

Com a linha de montagem e a consequente produção em massa de automóveis em larga escala, pode-se dizer sem medo de errar que Ford contribuiu em muito para a popularização do automóvel com meio de transporte em todo o mundo.

O modelo viveu seu auge no período Pós-Segunda Guerra, entre 1945 e 1968, na época que ficou conhecida como o “anos dourados”. No entanto, devido a sua rigidez de produção, o modelo acabou entrando em declínio, lentamente, até que nos anos 1980 foi substituído aos poucos pelo modelo de produção atual.

Um dos maiores problemas vistos no modelo por quem olha com os olhos de hoje é justamente o fato de que a produção em massa, em seus primórdios, primava pela padronização dos objetos, no caso, os carros, que eram todos na cor preta (por secar mais rapidamente). Atualmente, essa padronização ainda é vista, mas de modo mais sutil, pois as pessoas gostam de ter no mínimo 3 ou 4 opções de escolha. Com isso, o modelo Fordista de produção foi sendo adaptado, mas não totalmente abandonado, atendendo as exigências do consumidor moderno.