A direção global da montadora Chery confirmou algumas mudanças estruturais nas suas operações no mercado brasileiro. De acordo com o comunicado oficial da empresa, realizado na bolsa de valores de Changjiang, na China, na última segunda-feira (16), será vendida metade das suas operações no Brasil.

Chery confirma que vai vender metade das suas operações no Brasil
Chery confirma que vai vender metade das suas operações no Brasil / Créditos: Reprodução

A filial brasileira da empresa ainda não tinha recebido essa decisão de parte da direção global da companhia. O comunicado feito na bolsa de valores da China não revelava os motivos para a venda de 50% da operação das operações no Brasil, mas vale lembrar que no ano passado a unidade nacional da chinesa deu prejuízo.

A história da Chery é recente no Brasil, tendo começado no ano de 2014, com a inauguração oficial da fábrica de Jacareí, no interior do estado de São Paulo. Essa foi a primeira marca fora da China a ter todas as etapas de produção e é a única das marcas chinesas que produzem os seus carros em território brasileiro, sendo que as demais acabam importando seus veículos.

Nas últimas semanas a produção dos carros acabou parando em função de uma greve deflagrada pelos funcionários, que exigem aumento salarial e de outros benefícios. Atualmente a companhia conta com 385 funcionários contratados, e a unidade é a responsável pela fabricação dos modelos Celer e QQ.

Chery confirma que vai vender metade das suas operações no Brasil
Chery confirma que vai vender metade das suas operações no Brasil / Créditos: Reprodução

A construção da fábrica da Chery no Brasil começou no ano de 2011, a partir do anúnico de um investimento de cerca de US$ 400 milhões para que a fábrica fosse construída. Na ocasião as vendas de carros estavam em alta, e um dos principais motivadores para a construção da fábrica foi o começo da cobrança de um imposto extra para os veículos que vinham de fora do México e do Mercosul.

A venda de metade das operações será feita através de uma oferta de ações, e não significa que a empresa, neste primeiro momento, reduza sua produção pela metade.