Por A imprensa norte-americana confirmou que a Ford fechou um acordo para indenizar clientes que foram afetados pelos problemas que envolveram o episódio que ficou conhecido como “airbags mortais”. De acordo com as informações que foram divulgadas, o acordo chegou no valor de US$ 299 milhões, somente para os clientes atingidos nos Estados Unidos.
A agência de notícias Reuters, a primeira que noticiou o caso, afirmou que o dinheiro que será pago deverá cobrir diversas formas de "perdas econômicas" de consumidores, que entraram com ação coletiva alegando que os veículos foram vendidos como "seguros", pagaram mais por modelos com airbags ou tiveram algum prejuízo com carro parado por recall.
A Ford não foi a primeira e a única montadora que entrou em um acordo para indenizar os seus clientes. Outras empresas fizeram a mesma coisa: Honda, Toyota, Nissan, Mazda, Subaru e BMW, mas com valores diferentes. Juntando todas as indenizações que foram oferecidas pelas montadoras, o valor já chega a US$ 1,2 bilhão.
O caso acabou se tornando um dos maiores problemas da história da indústria automotiva. A empresa Takata era a responsável pelo fornecimento de airbags para diversas montadoras de automóveis ao redor do planeta. Milhões de unidades acabaram sendo vendidas e instaladas com um defeito.
O problema estava localizado no insuflador, mais precisamente na vedação, onde fica o gás que faz com que o airbag seja acionado assim que o veículo se envolve em um determinado acidente. Quando a peça trincava, o airbag abria com uma velocidade maior do que deveria, causando uma espécie de explosão.
O movimento fazia com que diversos estilhaços fossem arremessados diretamente contra o rosto das pessoas, especialmente do motorista. O caso acabou sendo responsabilizado pela morte de mais de duas dezenas de pessoas ao redor do planeta, e provocou o maior movimento de recall da história da indústria automotiva.