A justiça alemã, através da sua corte federal, decidiu autorizar cidades a restringir a circulação de carros mais antigos que são movidos a diesel e que tenham de acordo com critérios estabelecidos, altos índices de poluição. Com isso, mesmo sem uma lei que tenha validade no país inteiro, as grandes cidades da Alemanha podem acabar seguindo por esse caminho.
De acordo com as informações que foram repercutidas pela imprensa internacional, como a agência Reuters, essa medida poderá acabar desvalorizando um total de 12 milhões de carros naquele que é considerado como o maior mercado de automóveis da Europa. Além disso, a decisão também poderá acabar forçando mudanças de alto custo nos veículos.
A quantidade de carros que podem acabar sendo afetados pela medida poderá chegar a 2,6 milhões, dentre os 15 milhões que atualmente fazem parte da frota total de carros que são movidos a diesel. Os veículos que serão mais afetados são aqueles que podem ser classificados como Euro-5.
Agora, a previsão para o continente europeu é a de que outros países acabem seguindo basicamente o mesmo caminho da Alemanha, o que poderá acabar fazendo com que uma grande quantidade de veículos sejam desvalorizados.
Regras
As regras que forma estabelecidas pela justiça acabam jogando toda a responsabilidade pela proibição para as cidades, sendo que elas terão que organizar todo o sistema de trânsito que vai impedir com que determinados veículos não possam sair de dentro da garagem.
As cidades, de acordo com as regras, precisarão de, ao menos, 6 meses para que possam ser reestruturadas suas estratégias anti-poluição antes que qualquer veto tenha efeito legal. O Automóvel Clube da Alemanha (ADAC) acredita que nenhuma proibição será feita até o final do ano.
Poluição
De acordo com as informações que foram divulgadas pela Agência Federal de Meio Ambiente da Alemanha, cerca de 70 cidades alemãs acabaram encontrando índices de dióxido de nitrogênio superiores ao que pode ser considerado como o limite anual médio, que foi definido como 40 microgramas/m³ em 2017. Munique, Stuttgard e Colônia são os casos mais extremos.