Por Seguem as repercussões da notícia do fechamento das fábricas da Ford no Brasil. De acordo com dados levantados a partir do número de funcionários declarados pela empresa, a previsão é de que pelo menos 10 mil pessoas devem perder os seus empregos com o encerramento das atividades das fábricas.
"Só aqui no Complexo Industrial de Camaçari temos em torno de nove mil funcionários. Somando com todas as empresas de autopeças parceiras, podemos colocar 12 mil trabalhadores demitidos. Fomos pegos de surpresa. O presidente do sindicato foi chamado para uma reunião e o comunicado foi feito", afirmou o Secretário de Comunicação do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, Kleiton Alder, durante uma entrevista para imprensa.
Além das demissões que vão atingir diretamente aos funcionários da montadora, a onda de demissões deve acabar atingindo as cidades próximas, já que a fábrica acaba tendo um impacto grande no desenvolvimento comercial da região como um todo.
“O que está em jogo é o emprego direto de cerca de 12 mil trabalhadores. Um dano gravíssimo à economia da Região Metropolitana de Salvador. Por isso, aqui também faço um chamamento ao poder público, ao Governo do Estado e às Prefeituras: o momento agora é de sobrevivência e precisamos de toda unidade”, falou Júlio Bonfim, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos Camaçari.
Nos próximos dias, diversos sindicatos devem fazer uma série de reuniões com o poder público sobre o assunto, incluindo o Sindicato dos Engenheiros da Bahia e também o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté. Até o momento ainda não foram divulgadas que serão as ações concretas que os sindicatos e os funcionários tomarão diante do ocorrido.
Vale lembrar que, com a saída da Ford do Brasil, pelo menos quatro modelos do portfólio atual sairão de cena: Ford Ka, Ka Sedan e EcoSport, além do Troller T4. A montadora promete continuar vendendo seus carros que chegarão de outros países.