Neste começo de semana, a história que ficou conhecida como “airbags mortais” e que acabou se transformando no maior recall da história da indústria automotiva ganhou mais um capítulo. A Takata confirmou que deverá vender uma boa parte dos seus ativos como parte do seu plano de recuperação judicial.
De acordo com as informações que foram confirmadas pela imprensa internacional, a empresa responsável por comprar parte da Takata é a Key Safety Systems (KSS). O valor da transação por parte da companhia é de US$ 1,6 bilhão. Os ativos da companhia que serão comprados são parte da produção de autopeças da Takata, com exceção da parte que fabrica os airbgs propriamente ditos.
"A combinação Takata/KSS formará "um fornecedor de primeira linha com 60.000 funcionários em 23 países", afirmou a KSS em um comunicado, que promete a manutenção do número de empregados da Takata e de fábricas no Japão.
Problemas e dívidas
O grande inferno da Takata começou com uma série de problemas e de falhas que foram identificadas nos airbags fabricados pela empresa. Como a companhia é uma das maiores fornecedores neste negócio em todo o planeta, praticamente todas as grandes montadoras tinham airbags da Takata em seus modelos. O problema causou o maior recall da indústria automotiva, atingindo cerca de 30 milhões de carros.
As estimativas feitas pelas agências de notícias internacionais, especialmente as que são focadas em informações de economia, afirmam que a Takata deixa uma dívida de mais de um trilhão de ienes, o que equivale a mais de 8 bilhões de euros. Se estes números realmente forem confirmados, essa será a maior falência industrial no Japão após a II Guerra Mundial.
No mês de fevereiro deste ano, a empresa confirmou oficialmente um acordo feito com os órgãos norte-americanos no valor de US$ 1 bilhão como compensação as fabricantes de carros e também as vítimas dos acidentes que estão diretamente relacionados aos defeitos dos airbags. 16 pessoas morreram apenas nos Estados Unidos em virtude dos problemas.