Por A Volkswagen começa a enfrentar, a partir deste primeiro dia do mês de novembro, a sua primeira ação judicial coletiva na Alemanha. O processo está sendo movido por um grupo de clientes alemães, através de um dispositivo legal criado especificamente após o Dieselgate.
Para quem não lembra, o caso esta diretamente relacionado com instalação de dispositivos eletrônicos em diversos modelos diferentes de carro da montadora, que tinham como principal objetivo alterar os resultados em relação a emissão de poluentes.
A associação alemã de consumidores VZBV anunciou já ter feito sua petição ao tribunal de Brunswick, no centro da Alemanha, a poucos quilômetros da sede da Volkswagen em Wolfsburgo.
Neste processo, a Volkswagen está sendo acusada de ter prejudicado, de forma deliberada, os clientes da companhia com a instalação destes dispositivos e dos softwares que acabam alterando o resultado e fazendo que os modelos parecessem emitir menos poluentes do que realmente emitiam.
"A Volkswagen enganou e deve recompensar seus clientes", afirma Klaus Müller, presidente da VZBV, citado em um comunicado. Esta ação judicial acontece no mesmo dia em que entra em vigor uma lei que permite este tipo de recurso, dois meses antes da prescrição dos supostos crimes relacionados ao Dieselgate - admitido em 2015 pela fabricante alemã.
A ministra da Justiça do país, que está cuidando do caso, afirma que até 2 milhões de pessoas poderiam se beneficiar desta ação coletiva alemã.
A Volkswagen se defende, afirmando que as acusações são infundadas. "Todos os nossos veículos são tecnicamente seguros e estão autorizados a circular sem restrições", disse a empresa, que até agora não precisou indenizar clientes.