Agora é oficial: a fabricante de veículos chinesa Geely chegará ao Brasil em janeiro de 2014. E isso se dará em grande estilo, com o lançamento do sedã médio EC7, que terá preço médio de R$ 50 mil. Logo em seguida chegará o compacto GC2, por algo em torno de R$ 30 mil.
Fundada em 1986 na China, e com uma produção atual de 200 mil veículos, a vinda ao Brasil é parte de uma estratégia da montadora que visa crescer 50% para os próximos anos.
A fabricante chegará para tentar seguir o sucesso de sua conterrânea JAC Motors no país. A diferença é que a JAC instalou uma fábrica e uma rede de cerca de 70 concessionárias espalhadas por 18 estados brasileiros. A Geely virá trazida pelo Grupo Gandini, que também é responsável pela importação da coreana Kia Motors. A ideia é introduzir a marca no mercado brasileiro e, futuramente, iniciar uma linha de produção local, assim como feito pela JAC Motors.
Essa segunda etapa da marca chinesa no Brasil dependerá muito da boa receptividade por parte dos consumidores brasileiros aos dois primeiros modelos que serão lançados por aqui. Se tudo der certo, a futura fábrica da Geely no Brasil contará com participação de 60% de investidores chineses e de 40% de investidores do Grupo Gandini.
Ainda há discussões sobre qual seria o tipo de veículo a ser produzido localmente: os chineses tem preferência por um veículo compacto para concorrer com o Hyundai HB20 e o Toyota Etios. Já os representantes do Grupo Gandini preferem que o veículo seja um SUV (utilitário/esportivo). Essas diferenças implicariam no tipo de investimento realizado nessa futura fábrica.
Os dois modelos a serem lançados pela marca no inicio de 2014 serão montados em uma fábrica no Uruguai, com todo o conjunto trazido da China. A capacidade produtora será de 20 mil veículos por ano.
A fabricante chinesa também pretende estender suas ações para a Colômbia e para a Venezuela, no âmbito sul-americano. A marca já adentrou no mercado dos Estados Unidos, e pretende atingir mais países americanos até 2020.
A Geely opera mais duas outras empresas no mercado interno chinês, o que faz dela uma das maiores daquele país: a Zhejiang Geely Automobile e a Shanghai Maple Guorun Automobile.
Para o Grupo Gandini, essa será uma boa oportunidade, pois se a implantação da marca chinesa no Brasil se consolidar, com o projeto da fábrica local sendo concretizado, será mais fácil convencer os coreanos da Kia Motors (seu maior cliente) a iniciar uma linha de produção local, estabelecendo uma fábrica por terras tupiniquins.