Como todo o mercado automotivo brasileiro, as vendas de furgões andam bem deprimidas. Nem de longe lembram os níveis do início da década, quando a Kombi ainda era a rainha do segmento. Desde 2014, quando o veteraníssimo furgão da Volkswagen finalmente saiu de linha por questões ligadas à segurança – a necessária instalação de airbags e freios ABS no modelo foi considerada inviável pela marca alemã –, o segmento não encontrou uma relação custo/benefício tão atraente, que pudesse “herdar” o público do antigo líder compulsoriamente descontinuado. É nesse espaço que a Citroën pretende posicionar o Jumpy, que cumprirá também a função de reposicionar a marca francesa no mercado brasileiro de utilitários leves. O lançamento da furgoneta Berlingo e do furgão grande Jumper em breve irão complementar a linha comercial da montadora. O modelo chega ao Brasil importado do Uruguai. Suas possibilidades de transformações são múltiplas e buscam atender às necessidades de todos os tipos de negócio, como os segmentos de logística, food truck, ambulância, escolar, etc.

Citroën Jumpy

A Jumpy tem 5,31 metros de comprimento, 2,20 m de largura e distância entre-eixos de 3,27 m. A altura, de 1,93 m, é reduzida para um furgão e facilita o acesso a garagens subterrâneas e estacionamentos. A carga útil é de 1.500 kg e o PBT total atinge 3. 219 kg, com um compartimento de carga de 6,1 m³. Com um design fluido, que inspira robustez e modernidade e remete aos SUVs, o Jumpy é construído uma nova plataforma modular e, segundo a Citroën, sua arquitetura é otimizada para garantir desempenho, conforto e segurança acima da média em seu segmento. “Estamos trazendo para o mercado brasileiro um produto inovador e muito versátil, mas que será conhecido também pela sua atratividade comercial e seu baixo custo de manutenção. Mais que um novo produto, ele dá início à abertura de uma nova fronteira comercial da Citroën no país, que passa a ter seu foco também na comercialização de veículo comerciais”, afirma Paulo Solti, Vice-presidente do Grupo PSA e diretor geral da Citroën do Brasil.

Citroën Jumpy

Com motor 1.6 Turbo Diesel BlueHDi e o câmbio manual de seis marchas, o trem de força do Jumpy gera potência máxima de 115 cv a 3.500 rpm e torque máximo de 30 kgfm a 1.750 rpm. Cabeçote, bloco e cárter são 100% em alumínio. Segundo a Citroën, é o conjunto mais econômico de sua categoria e assegura autonomia de até 820 km em ciclo misto ao modelo. O sistema BlueHDi de redução de emissões, por introdução de AdBlue – mistura de água e ureia equivalente ao Arla 32 – dentro do catalisador SCR (Redução Catalítica Seletiva), elimina até 90% de óxidos de nitrogênio (NOx) e 99,9% das partículas.

Citroën Jumpy

Para fazer seu modelo competitivo, a Citroën dotou o Jumpy de diversos atributos. A modularidade possibilita o transporte de materiais de 4 metros de comprimento sobre o assoalho plano. Um mecanismo que a Citroën chama de Moduwork amplia o espaço interno ao levantar o assento do passageiro contra a divisória existente entre a cabine e o compartimento de carga. Uma “mesa-escrivaninha” orientável fica embutida no banco central. As portas traseiras com abertura de até 180 graus, que facilitam o carregamento e os movimentos ao redor do veículo. A porta lateral deslizante têm 93,5 cm de largura, o que permite facilita o acesso ao compartimento de carga e a colocação de materiais por meio de empilhadeiras. Os porta-objetos no interior somam 60 litros de volume disponível. A cabine permite transportar três pessoas. ESP (Controle de Estabilidade), Hill Assist (Assistente de partida em rampas), limitador e regulador de velocidade, ar-condicionado, volante com regulagem de altura e profundidade, retrovisor com ajuste elétrico e banco do motorista com regulagem de altura são itens de série.

Citroën Jumpy

O Citroën Jumpy chega ao mercado nas versões Furgão e Furgão Pack. A versão base traz de série direção eletro-hidráulica, computador de bordo, roda de aço 215/65 R16 com estepe homogêneo, volante com regulagem de altura e profundidade, duplo airbag (com proteção para os três ocupantes), freios ABS, ESP, Hill Assist, limitador e regulador de velocidade, GSI – Indicador de troca de marcha, rádio FM/AM/MP3, vidros e travas elétricas, tomada 12V, separador de carga, banco do motorista com regulagem de altura, protetor de cárter, entre outros. O Jumpy Furgão Pack acrescenta Moduwork, ar-condicionado, retrovisores elétricos, travamento seletivo do compartimento de carga, vidros com função “one touch”, tomada 12V no compartimento de carga, faróis de neblina, entre outros.

Citroën Jumpy

Para a Citroën, a concorrência do Jumpy no Brasil é formada por furgões como Renault Master e Mercedes-Benz Sprinter e Vito. E também por chassis-cabine de veículos urbanos de carga, como Kia Bongo e Hyundai HR. O furgão da marca do “double chevron” tem preço a partir de R$ 79.990, três anos de garantia e aposta no atendimento personalizado em todas as concessionárias da marca e em um plano de serviços de pós-venda competitivo.

Primeiras impressões

Fácil de levar

Barueri/SP - A posição de direção do Jumpy é alta e a ergonomia é eficiente – permite ao motorista ter tudo ao alcance das mãos e do olhar. Os assentos são confortáveis e permitem viagens relaxantes. Desenvolvida com exclusividade para o mercado regional, a suspensão favorece a estabilidade e a reforça a segurança. O carro é um centímetro mais alto em relação ao produto europeu.

Citroën Jumpy

O motor 1.6 Turbo Diesel BlueHDi não deixa faltar energia ao Jumpy e o conforto de rodagem é digno de carros de passeio. E qualquer motorista de hatch compacto não encontra grandes dificuldades em dominar o furgão da Citroën.  Com uma curva de torque bastante plana, o motor 1.6 Turbo Diesel BlueHDi trabalha a maior parte do tempo na sua faixa de eficiência máxima – o que acarreta em menor necessidade de trocas de marchas, retomadas ágeis e força em qualquer situação, mesmo carregado. A caixa de câmbio manual de seis velocidades, que teve uma redução de 6% em seu diferencial se comparada à do Jumpy europeu, favorece bastante a interação do motorista com o motor e oferece uma condução mais dinâmica e precisa. O indicador de trocas de marcha aponta o momento ideal para a troca de marcha, sempre buscando a redução do consumo de combustível.


Autor: Luiz Humberto Monteiro Pereira (Auto Press)
Fotos: Divulgação